Na primeira fase, disponível a partir de hoje, os cursos serão ministrados `on-line´, a que se segue a formação presencial, com início em janeiro de 2017, nos politécnicos de Aveiro, Leiria e Setúbal, os primeiros estabelecimentos de ensino superior a beneficiarem da formação gratuita oferecida pela Google, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Na cerimónia de apresentação do projeto, na Escola de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, o diretor de Assuntos Institucionais da Google afirmou que a iniciativa pretende "ajudar a resolver o problema da falta de competências digitais, proporcionando formação gratuita aos alunos dos politécnicos". O responsável da Google esclareceu que, embora a iniciativa seja dirigida a pessoas até 30 anos, todos os interessados poderão fazer o curso `on-line´, bastando para isso fazer a inscrição através do site Atelier Digital Portugal.

Na formação `on-line´ estarão disponíveis 23 módulos que cobrem diferentes áreas de competências digitais, designadamente, pesquisa, correio e comércio eletrónico, redes sociais e vídeo, entre outras. Estão igualmente previstas diversas atividades para os formandos testarem os conhecimentos adquiridos e um teste que lhes permitirá obter um certificado da IAB (Interactive Adverstising Bureau) Europe, a principal associação da indústria interativa a nível europeu.

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, salientou o empenhamento do governo português em proporcionar a aquisição de competências digitais aos alunos do ensino superior, mas também a outras faixas etárias, e lembrou que a par deste projeto da Google há outras iniciativas em curso nas escolas e na sociedade portuguesa. "Este projeto dirige-se a jovens até 30 anos, mas estão em curso outras atividades. Está em curso uma outra iniciativa chamada Competências Digitais, que está a formar pessoas - perspetiva-se que sejam formadas até 20.000 pessoas até 2020", disse.

"Por outro lado, estão a acontecer outras iniciativas em que estão a ser proporcionadas competências digitais a várias faixas etárias, pessoas empregadas, desempregadas, com a cumplicidade de várias instituições", acrescentou.

A secretária de Estado afirmou ainda que o governo está consciente de que se trata de um "universo muito amplo, a que é preciso dar resposta". "As nossas universidades e, muito em particular, os institutos politécnicos, têm uma consciência muito clara nesse sentido e estão a fazê-lo em todo o território nacional", disse.

Além do apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, e Ensino Superior, a nova plataforma da Google, Atelier Digital Portugal, conta com a ajuda dos politécnicos, que vão disponibilizar instalações para a formação presencial, e da SIC Esperança.