Perto de 900 crianças das escolas e atividades de ocupação dos tempos livres foram convidadas para o Dia Aberto, onde encontraram uma “míni cidade” com regras de trânsito para cumprir, ficaram a saber que há guardas em alerta permanente durante o verão nos incêndios (os GIPS), cães que farejam droga e explosivos, cavalos para patrulhar a segurança dos cidadãos, uma banda que veio do Porto para a festa animada ainda pela mascote, o “GUARDOO”.

“Vais levar uma multa”, avisava o pequeno José Pedro Costa aos colegas do primeiro ciclo do Colégio Sagrado Coração de Jesus, que não estavam a fazer bem a rotunda ou a andar em contramão.

Polícia de Trânsito e multas era a imagem que tinha quando pensava na GNR, mas afinal “também fazem socorro”, como atalhou o colega, Leonardo Lopes.

Ver treinar os cães, das chamadas equipas cinotécnicas, foi o que mais agradou a Fábio Moutinho e André Gregório porque “podem fazer muitas coisas”.

“Ajudam muito em “caças” à droga e isso”, apontaram.

Para Carolina Sofia “a GNR era a polícia que nos mantinha seguros e que nos ajudava quando precisássemos” e gostou, neste dia, especialmente “dos carrinhos”, pois já conhecia algumas regras de trânsito que aprendeu na escola e com a própria GNR.

A professora Filomena Faiões explicou à Lusa que já não é a primeira vez que participam sempre a convite da GNR e as crianças estão sempre muito recetivas.

Tinham até outra atividade programada para agora e mudaram-na para participar nesta.

“Quando eles saem daqui ficam admirados, conversam uns com os outros e dizem: olha em pensava que a GNR era só para passar multas e afinal não”, contou a docente.

A GNR tem outros pontos de interesse, frisou a professora, “que só assim é que eles (as crianças) dão conta que realmente existe”.

Filomena Faiões salientou que o que as crianças “veem no dia a dia é a GNR a ser uma autoridade com a qual muitas vezes os pais nem sempre a relação é boa e, a partir destas atividades, eles ficam a saber que a GNR faz outras coisas além dessas”.

“Acho que é bastante importante para eles que é para não ser o papão só”, observou.

O Dia Aberto às crianças surge no âmbito dos programas especiais desenvolvidos pela GNR, como é exemplo a Escola Segura, como explicou à Lusa o capitão Hernâni Martins.

No período de férias, a Guarda aproveita para convidar as escolas ou os programas de ocupação dos tempos livres para esta visita de um dia.

“Eles quando nos visitam começam a perceber que a GNR não é só uma força de repressão, mas também procura ser humana, próxima para com as pessoas e é através destes programas que nós tentamos aproximar-nos ainda mais da população”, afirmou.

Em vez de sirenas em emergência, no dia de hoje ouviu-se o frenesim das crianças nas instalações do Comando Territorial de Bragança com demonstrações, exposição de meios, animação e interação.