O Ministério da Educação finlandês anunciou no início deste mês o objetivo de substituir os cadernos e os lápis das escolas primárias do país por teclados, computadores e sistemas digitais.

A ideia será implementada a partir do ano letivo 2016/2017, com o inttuito de adaptar o ensino aos novos tempos e às necessidades educativas atuais, em que o teclado e o computador se tornaram personagens principais.

A Finlândia tem aquele que é considerado um dos melhores sistemas educativos do mundo, segundo os relatórios do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).

Para tentar justificar a decisão, a conselheira da Secretaria Nacional de Educação da Finlândia, Minna Harmanen, usou o argumento de que, hoje em dia, ter uma digitação fluente é uma habilidade cívica importante e global.

De acordo com Susanna Huhta, vice-presidente da Associação finlandesa de Professores do Idioma Nativo (APIN), diz que a destreza que a escrita proporciona nas crianças não vai ser abandonada por completo, já que serão implementadas outras atividades paralelas, como trabalhos manuais e desenho, que permitirão esse desenvolvimento cognitivo.

Por outro lado, a escrita não vai desaparecer completamente. As crianças finlandesas vão aprender a escrever à mão nos primeiros dois anos do ensino primário, mas a partir dos 7 ou 8 anos, quando as habilidades necessárias já tiverem sido adquiridas, as crianças vão passar a digitar corretamente num teclado, seja ele um tablet ou computador.