As mensagens escritas pelo jovem de 25 anos e partilhadas online com os amigos na rede social Facebook estavam carregadas de comentários de ódio contra a imigração, acusando os imigrantes de serem incapazes de terem um tralho decente e de confiança.

A notícia surge em vários órgãos de comunicação internacionais, como o britânico Independent ou a portuguesa RTP, embora nas caixas de comentários há quem diga que a notícia é falsa. O jovem terá partilhado online uma imagem de refugiados, escrevendo que aquele era o "último argumento do porquê de os imigrantes não terem (e nunca irem a ter) capacidade para ter uma situação decente" no Reino Unido. A mensagem continha ainda duas hashtags: #Nojo e #Estrangeiros.

Um amigo responde-lhe, dizendo "ainda bem que tu não tens ninguém assim no teu escritório". E a conversa continua: "Deve haver uma razão para o meu banco não ter nenhum [imigrante] como gestor sénior. Quer dizer – tu confiavas o teu dinheiro a um imigrante? É que já não é apenas uma questão de cor da pele. Agora além daqueles que vêm de África, Tailândia, Índia, Paquistão, China… Temos cada vez mais a chegarem da Argentina, Rússia, Polónia, Roménia ou o que quer que seja".

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O discurso continua carregado de insultos até que a mãe do jovem bancário intervém: "Meu querido, desculpa interromper esta orgia racista com os teus amigos. Nós não tínhamos planeado dizer-te isto e talvez não devesse fazê-lo neste momento, mas tu passaste dos limites. Por isso, mereces. Só queria dizer-te que nós (eu e o teu pai) te adoptámos há 23 anos (tinhas tu dois anos) de uma família arménia que na altura vivia em Sófia, na Bulgária".

"Ainda assim, não é nada de que te devas envergonhar. Acabaste por te tornar num bancário de sucesso, com uma vida fantástica. Quem diria que afinal de contas esses 'estrangeiros sujos' com os seus 'genes sujos' SÃO capazes de chegar a algum lado", acrescentou.

"PS – Estamos à tua espera para o almoço no domingo. Vou fazer esparguete à bolonhesa. Espero que não seja demasiado 'estrangeiro' para ti", concluiu.