"É uma programação muito diversa, muito plural, que vai dos bebés até aos seniores", disse à agência Lusa o diretor do Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra, Paulo Trincão, realçando que a programação para 2016 desenhada pela nova direção espelha a vontade de "alargar os públicos" e de centrar o trabalho "nas famílias".

Uma das novidades para 2016 é a criação de sessões de astronomia para bebés, a estrear em fevereiro, em que se procura oferecer "uma experiência sensorial para crianças dos seis meses até um ano e pouco", que vão poder ver chuvas de estrelas ou "planetas longínquos", num filme com projeção a 360.º, explanou.

A programação para 2016, com 24 atividades permanentes, conta com as exposições "Em Forma com a Ciência", "Pordata Viva: O Poder dos Dados", "Rosetta", sobre a sonda com o mesmo nome, "Lusco-Fusco", sobre imagem, luz e cor, e Pordata Kids, em que os dados são apresentados em forma de brincadeiras para as crianças.

De forma a aproximar a ciência dos cidadãos, o Exploratório vai dinamizar várias atividades que contam com a presença de investigadores. Entre elas, vai estar o ciclo de conversas mensais, intitulado "Pontos nos III", em que membros do Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra vão falar de ciência.

Outro projeto a ser implementado em 2016 é a "Seleção sub-30", em que o exploratório convida jovens investigadores para apresentarem "de forma informal" os seus projetos de investigação em escolas de ensino secundário, avançou Paulo Trincão.

Na área da aproximação entre ciência e público, o espaço vai dinamizar ainda eventos com especialistas da saúde, comentários científicos em atividades do Exploratório e conferências de "seniores do mundo académico".

Também no próximo ano, o espaço apresenta a "Dóing Family Lab", um laboratório para famílias explorarem a ciência do dia-a-dia e "Dóing Oh! Sala dos porquês", que "recria os gabinetes de curiosidades do século XVIII" para crianças dos 3 aos 10 anos partilharem a curiosidade em torno de objetos e experiências, aclarou o diretor do centro.

"O Exploratório não se pode resumir de forma nenhuma ao público escolar. O trabalho central é nas populações e nas famílias", salientou Paulo Trincão, considerando que um dos pontos-chave será o fortalecimento da ligação entre comunidade académica e população, para "a cultura científica estar acessível a todos".

De acordo com o responsável, o Exploratório tem a ambição de ser "um grande centro de ciência na região Centro", não se querendo limitar a ações circunscritas ao concelho ou distrito de Coimbra.