A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias.

As comissões de praxe de várias universidades do país declaram que não vão alterar significativamente as suas praxes, mesmo à luz do pedido feito pelo ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor.

No início de setembro, o ministro enviou uma carta a todas as universidades apelando à criação de formas alternativas de integração dos alunos, centradas na cultura e ciência. No entanto, o pedido não será acatado por todos, escreve o referido jornal.

Manuel Heitor afirmou no início do mês de setembro que "não há praxes boas e praxes más", considerando-as uma "prática fascizante" que nada tem a ver com tradição académica.

"Considero que não há praxes boas e praxes más. Sou manifestamente contras as praxes e é isso que vou escrever a todos os dirigentes estudantis. E é essa a única posição que devemos tomar. Hoje é de facto o combate a esses movimentos que tem que ser considerado do ponto de vista político, mas sobretudo da comunicação do que deve ser o ensino superior", afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, no parlamento, no início do mês.

Praxes abusivas continuam

A linha de denúncia para praxes abusivas e violentas registou em 2015-2016, até ao mês de maio, dez queixas de alunos, um número substancialmente inferior às 80 denúncias no ano letivo anterior.

Os números são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), que esclareceu que os casos reportados, quando assim o justificavam, foram comunicados aos reitores das instituições a que pertenciam os alunos.

A partir de junho a supervisão das queixas recebidas pelo endereço eletrónico praxesabusivas@dges.mctes.pt passou para a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).