O aumento, este ano letivo, do custo do prato social nas cantinas universitárias, de 2,5 euros para 2,65 euros, motivou um abaixo-assinado, que acabou por se transformar num instrumento de reivindicação para mais financiamento ao ensino superior. “Parece um aumento pequeno, mas há muitos estudantes que almoçam e jantam diariamente na cantina e isto provoca um enorme rombo nas contas do mês”, disse à agência Lusa Francisco Canelas, da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (AEFLUL).

Além da AEFLUL, juntam-se ao protesto de hoje, em frente à Cantina Velha da Universidade de Lisboa, os restantes estudantes da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique.

Francisco Canelas sublinhou, no entanto, que o apelo lançado se dirigia a todos os alunos do ensino superior. De acordo com o responsável associativo, o abaixo-assinado conta com mais de 300 assinaturas de estudantes da Faculdade de Letras. O documento, que continua aberto à recolha de assinaturas, é hoje, Dia Internacional do Estudante, “simbolicamente entregue” nos serviços de ação social da Universidade de Lisboa, e será entregue na Assembleia da República, por uma delegação de estudantes, uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2017.

As dotações orçamentais iniciais para o ensino superior aumentam 10,5%, para 2.093 milhões de euros, em 2017, comparativamente a 2016.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) apresentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, as dotações para o ensino superior totalizam 2.093 milhões de euros, mais 198,429 milhões face ao previsto para 2016.

A dotação inicial para o Fundo de Ação Social é de 146 milhões de euros, mais oito milhões do que a inscrita para 2016.