O estudo sobre a concentração de fibras totais respiráveis, encomendado pelo Ministério da Educação e Ciência, implicou a realização de 520 amostras, com 26 recolhidas em diversos locais de cada escola incluída na investigação, algumas delas alvo da remoção de placas de fibrocimento.

A investigação integra um plano de atuação daquele Ministério, que incluiu a remoção de placas de fibrocimento com partículas de amianto em 299 escolas do país, entre os anos de 2013 e 2014.

Segundo o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, a retirada das placas danificadas, que podiam comprometer a saúde de quem frequentava as quase 300 escolas intervencionadas, implicou um investimento na ordem dos nove milhões de euros.

O mais recente estudo sobre o eventual impacto causado pela suspensão de partículas de amianto na qualidade do ar nas escolas vai ao encontro dos dados que o Ministério tinha obtido em estudo semelhante, realizado em 2010, em oito escolas do distrito de Faro.

O grau de exigência aplicado no estudo sobre a qualidade do ar nas escolas teve em conta os níveis estabelecidos em Portugal, mas João Casanova de Almeida vincou que os resultados obtidos seriam considerados igualmente seguros em países com legislação mais rigorosa a este nível, dando como exemplo a Alemanha, a Suíça e o Luxemburgo.

Em conferência de imprensa realizada na Escola Básica José Carlos da Maia, em Olhão, João Casanova de Almeida frisou que, após as intervenções realizadas e algumas que estarão concluídas até fevereiro, segue-se uma fase de monitorização pelos serviços técnicos das direções regionais de educação.

Todas as placas que se encontrarem deterioradas serão identificadas e alvo de obras de substituição, uma vez que só quando as placas sofrem algum dano libertam as partículas de amianto consideradas perigosas para a saúde das pessoas que a elas são expostas.

Segundo João Casanova de Almeida, que está a visitar várias escolas do distrito de Faro, até esta terça-feira, a estratégia de monitorização constante nas escolas portuguesas e a substituição apenas das placas danificadas é a mais aconselhada.