Em declarações à agência de notícias Lusa, o vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas disse que as escolas estão neste momento “a operacionalizar o processo de contratação” e a publicitar as ofertas no portal Bolsa de Emprego Público (BEP), onde ficarão disponíveis durante dez dias úteis.

Todos os funcionários públicos que estejam em regime de requalificação profissional têm prioridade na candidatura aos 2.822 lugares abertos nas escolas para assistentes operacionais.

“Esperamos na última semana de agosto ou, o mais tardar, na primeira semana de setembro, começar a contratar os funcionários”, disse Filinto Lima.

Já em setembro, estes assistentes operacionais serão responsáveis pelo apoio, acompanhamento e vigilância dos alunos das escolas básicas e secundárias.

Dos 2.822 novos funcionários, quase metade (1.351) vai ficar em escolas da zona de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se a zona norte, onde serão selecionadas outras 908 pessoas.

No centro, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) permitiu a contratação de 398 funcionários e, no Algarve, de 84. As escolas alentejanas terão mais 81 técnicos operacionais.

Uma nova portaria de fevereiro deste ano veio definir que as escolas do 1.º ciclo frequentadas por mais de 21 e menos de 48 alunos passavam a ter um funcionário, ao qual acresce mais um assistente por cada conjunto adicional de 48 alunos.

No dia da publicação da portaria, o vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, disse à Lusa que o diploma apresentava "escassas alterações, para as expectativas e necessidades que as escolas tinham".

Na altura, Filinto Lima voltou a alertar para a necessidade de garantir a formação de quem trabalha nas escolas, lembrando que muitos dos assistentes operacionais chegam aos estabelecimentos de ensino através de Contratos Emprego-Inserção (CEI).

Trata-se de desempregados, das mais variadas áreas, que aceitam trabalhar numa escola durante um ano letivo e, no final, mesmo que os diretores e alunos gostem do seu trabalho, não podem renovar o contrato.

Desde o início de janeiro até final de julho as escolas assinaram 1.292 (CEI) com desempregados e beneficiários do rendimento social de inserção, adiantou à Lusa o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).