No distrito do Porto, num balanço feito cerca das 10:30, após os horários de entrada de funcionários das 08:00 e das 09:00, estavam 40 escolas encerradas, enquanto em Vila Real o cenário era de 11 escolas fechadas, em Braga oito e em Bragança cinco.

"São várias escolas fechadas e outras com constrangimentos. Temos relatos de escolas que abriram, por decisão do diretor, mas que estão a funcionar com poucos funcionários. Uma escola de 1.200 alunos, por exemplo, está aberta com quatro funcionários o que é manifestamente insuficiente", referiu à Lusa Telmo Teixeira, do STFPSN.

No distrito do Porto os concelhos que registam maior adesão à greve, com dez escolas encerradas em cada, são Porto e Vila Nova de Gaia, seguindo-se Matosinhos com seis, Póvoa de Varzim e Vila do Conde com cinco, Gondomar com três e Maia, Valongo, Marco de Canaveses e Paredes com uma, referiu o sindicato.

Já de acordo com António Serafim, outro dirigente do STFPSN, em Vila Real há escolas encerradas em concelhos como Alijó, Chaves, Vila Real, Sabrosa, Valpaços e Peso da Régua. "A adesão está a ser muito significativa e acreditamos que se intensifique ao longo do dia", descreveu António Serafim.

Em Braga, além de escolas encerradas na capital deste distrito, estão igualmente fechadas em Vieira do Minho, Amares e Barcelos, entre outras localidades.

No distrito de Bragança, de acordo com Isabel Inocentes, também do STFPSN, às cinco escolas encerradas no distrito somam-se "constrangimentos em escolas que abriram sem serviço de cantina".

As quatro reivindicações dos sindicatos

Um dos problemas ao qual os sindicatos querem que a tutela dê resposta é a substituição de funcionários com contratos emprego-inserção (CEI) e ‘tarefeiros’ pagos à hora, por valores que rondam os 3,5 euros/hora, por funcionários com formação adequada à função que desempenham na escola, e com um vínculo permanente.

Querem também negociar carreiras especiais, descongelar progressões na função pública, rever os rácios para atribuição de recursos humanos às escolas e ver a descentralização de competências para as autarquias esclarecida.

Na quarta-feira, o presidente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas, Artur Sequeira, disse esperar uma “grande adesão” à greve dos trabalhadores não docentes das escolas e apelou às direções para não substituírem os grevistas.