Os cientistas da organização sem fins lucrativos Kaiser Permanente, na Califórnia, Estados Unidos, analisaram os registos médicos de 594.638 crianças nascidas entre 1991 e 2009. Ao longo deste período, 6.255 destas crianças foram diagnosticadas com transtornos do espectro autista, sendo que segundo os registos médicos 37% destes bebés sofreram complicações perinatais.

Pela análise de dados, os investigadores concluíram que as crianças expostas a complicações durante o parto apresentaram um risco 10% mais elevado de desenvolver autismo.

No que toca às crianças expostas a complicações antes do início do parto, estas tiveram esse risco aumentado em 22%.

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Os investigadores constataram ainda que as crianças expostas a complicações antes e durante o nascimento apresentavam um risco 44% maior de desenvolver transtornos do espectro autista.

"Apesar de não existir atualmente uma cura para os transtornos do espectro autista, a identificação precoce das crianças que se encontram em risco de desenvolver a doença é extremamente importante, uma vez que a investigação demonstra que as intervenções de tratamento precoces para as crianças com estas doenças podem melhorar bastante o seu desenvolvimento", comenta em comunicado Darios Getahun, líder do estudo.

De acordo com o referido estudo, as complicações perinatais mais associadas aos transtornos do espectro autista são a asfixia e pré-eclampsia, uma complicação da gravidez caracterizada pela pressão arterial elevada da progenitora.