“Estamos a falar de salas completamente encerradas, onde não é possível lecionar e de outras onde se vão colocando baldes e outros recipientes para amparar a chuva e onde, consecutivamente, é preciso andar com panos a limpar as mesas e o chão”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação de Pais, Carlos Martins.

Os manifestantes vão exigir a realização de obras o mais “rapidamente possível” neste estabelecimento de ensino do distrito de Vila Real.

No entanto, segundo Carlos Martins, este problema já se arrasta há muito tempo.

Os pais e encarregados de educação começaram por subscrever um abaixo-assinado, que juntou 400 assinaturas, e depois, em outubro do ano passado, realizaram uma primeira ação de protesto.

Logo a seguir, de acordo com o responsável, receberam a promessa de que as obras de reabilitação deveriam “arrancar em janeiro”.

“Um ano depois o problema não só persiste como se agravou. Não foi feita ainda qualquer obra nem se prevê que seja feita nos próximos tempos”, lamentou Carlos Martins.

E é, segundo o responsável, por causa da “falta de respostas”, que resolveram regressar aos protestos.

“O objetivo é mais uma vez chamar a atenção do Ministério da Educação e da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) para o problema da cobertura desta escola”, sustentou o presidente da Associação de Pais.

O responsável disse ainda que a situação “vai piorar” com a chegada do frio, porque “as salas onde chove têm que estar com as janelas abertas para que parte da água seja canalizada para o exterior através de plásticos”.

“Esta situação prejudica não só a qualidade de ensino como tem levado a que alguns alunos saiam de cá para irem estudar para outros locais, porque esta escola já não oferece as condições ideais e aceitáveis”, sublinhou.

A EB 2,3 e Secundária de Mondim de Basto foi construída há cerca de 30 anos e sofreu uma intervenção há 13 anos, com a construção de um novo pavilhão. Neste estabelecimento estudam cerca de 620 alunos.