O Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial (DEGEI) da Universidade de Aveiro realizou um estudo sobre a realização de partos, e concluiu que a preferência pela cesariana é muita vezes tomada devido ao cansaço dos médicos, devido aos turnos prolongados e aos partos morosos.

Citando a pesquisa, uma notícia da Lusa escrevia que "no setor público, os médicos ganham uma remuneração fixa, independentemente das consultas ou das cirurgias efetuadas. Assim, a preferência pela cesariana em detrimento do parto natural não se deve a questões económicas mas organizacionais. A opção pela cirurgia deve-se ao facto de os hospitais não terem profissionais suficientes para que haja tranquilidade na tomada da decisão mais apropriada".

A investigação, liderada por Aida Isabel Tavares e Tânia Rocha, diz ainda que no caso do setor privado, são as razões económicas que explicam o número elevado de cesarianas, uma vez que esta intervenção ""custa, em média, o dobro de um parto normal", já para não falar no facto de no sector privado a remuneração de um médico obstetra ser composta por uma componente fixa e outra variável, que depende do número de consultas ou de intervenções realizadas pelo médico.

Em termos numéricos, o estudo diz que em 2009, se registaram mais de 34.300 cesarianas, entre o público e o privado, e que este número continua a aumentar. Já em 2010, registou-se em Portuga cerca de 36% de cesarianas, quando a Organização Mundial de Saúde recomenda que as mesmas não ultrapassem os 15%.

Fonte: Lusa

 

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