Os canhotos têm uma ligeira vantagem de pensamento em relação aos destros, revela estudo da Australian National University (ANU), a propósito da efeméride que se comemora hoje.
Tal acontece porque “todos nós possuímos dois hemisférios no cérebro e muitos canhotos processam a linguagem usando ambos os hemisférios, já o mesmo não ocorre com os destros, que usam principalmente o hemisfério esquerdo”, logo a vantagem é visível em atividades que exigem grandes estímulos, como jogos e desportos.
Esta conclusão é reiterada por outro estudo publicado pelo jornal Neuropsychology: “O uso de ambos os hemisférios leva o indivíduo a ser mais imaginativo, mais capaz de resolver questões difíceis do seu dia-a-dia, a perceber e a compreender o que o rodeia”.
Ana Dias, pedopsicóloga, refere que nos dias que correm “ser canhoto já não é um problema. Nem socialmente. Eles são bem aceites e no seio das famílias a informação já circula.É uma caraterística como outra qualquer.”
O facto de nomes sonantes serem canhotos terá ajudado a esta desmistificação: “Albert Einstein, Leonardo da Vinci e Beethoven eram canhotos e isso é mencionado hoje com orgulho. Portanto, o ser canhoto só pode estar associado a algo de genialidade e não ser visto como um defeito, como costumo dizer aos mais pequenos”, acrescenta a especialista.
Os mesmos estudos concluem ainda que na velhice, os canhotos têm maior atividade mental e são mais ativos.
Comemorado a 13 de agosto desde a década de 70, o Dia Internacional do Canhoto foi instituído com o objetivo de desmistificar o uso da mão esquerda para tarefas habitualmente realizadas com a direita. O facto de ser no mês de agosto e no dia 13 são dois sinais de que antigamente ser canhoto era visto como uma maldição.
13 de agosto de 2012