Será provavelmente na pequena ilha de Kiribati, no Pacífico, que nascerá o primeiro bebé de 2018; e o último nos Estados Unidos. Globalmente, mais de metade destes nascimentos irão ocorrer em nove países:

  • Índia — 69.070
  • China — 44.760
  • Nigéria — 20.210
  • Paquistão — 14.910
  • Indonésia — 13.370
  • Estados Unidos da América — 11.280
  • República Democrática do Congo — 9.400
  • Etiópia — 9.020
  • Bangladesh — 8.370

A maioria dos bebés sobrevive e prospera, mas muitos não irão viver para além do primeiro dia. Em 2016, um total estimado de 2.600 crianças morreram nas primeiras 24 horas de vida. Para quase dois milhões de recém-nascidos, a sua primeira semana de vida foi também a última.

Globalmente, 2,6 milhões de crianças morreram durante o primeiro mês após o nascimento. Mais de 80% destas mortes de recém-nascidos ocorreram devido a causas preveníveis ou tratáveis, como nascimento prematuro, complicações durante o parto e infecções como septicemia e pneumonia.

"A resolução de Ano Novo da UNICEF é ajudar todas as crianças a viverem mais do que uma hora, mais do que um dia, mais do que um mês – mais do que mera sobrevivência", afirmou Beatriz Imperatori, diretora executiva da UNICEF Portugal. "Apelamos a todos os governos e aos nossos parceiros que se juntem a esta luta para salvar as vidas de milhões de crianças", diz.

Veja ainda10 alimentos que as grávidas estão proibidas de comer

Progressos nas últimas décadas

Nas últimas duas décadas, o mundo assistiu a progressos sem precedentes em matéria de sobrevivência infantil, tendo-se reduzido para metade o número de crianças que morrem antes do seu quinto aniversário em todo o mundo para 5,6 milhões em 2016. Mas apesar destes avanços, o progresso para os recém-nascidos tem sido mais lento. Os bebés que morrem no primeiro mês representam 46% de todas as mortes entre crianças com menos de cinco anos.

Em fevereiro, a UNICEF irá lançar a campanha global Every Child Alive, para conseguir levar soluções de saúde de qualidade e financeiramente acessíveis a todas as mães e recém-nascidos. Estas incluem o fornecimento estável de água limpa e electricidade a unidades de saúde, a presença de pessoal de saúde qualificado durante o nascimento, a desinfecção do cordão umbilical, o aleitamento materno na primeira hora após o nascimento e contacto pele a pele entre a mãe e filho.

"Uma criança nascida em Portugal em janeiro de 2018 viverá provavelmente até ao ano 2100, enquanto que uma criança nascida na Somália terá uma esperança média de vida de apenas 57 anos. Infelizmente, essa será a realidade para perto de metade das crianças nascidas este ano", acrescentou ainda Beatriz Imperatori.