“Desde 2012 que prescindimos da iluminação de Natal e essa verba, um investimento de cerca de 50 mil euros, dá para apoiarmos 213 famílias identificadas”, disse Fernando Ribeiro Rosa (PSD).

Este apoio destina-se a famílias com rendimentos mensais inferiores a 419,20 euros e é prestado a nível alimentar e de higiene.

Às famílias identificadas é atribuído um cartão oferta, que tem um plafond anual e que lhes permite fazer compras numa rede de supermercados.

“Dantes tínhamos dois armazéns onde guardávamos os bens, os separávamos, fazíamos os cabazes e íamos em carrinhas da Junta e em carros particulares entregar a casa das famílias. Era uma gestão complicada. Para evitar isso, fizemos um acordo com um supermercado e as pessoas podem, durante o ano, ir fazer compras”, explicou o autarca.

Contudo, o social-democrata sublinhou que o cartão só dá para comprar bens de primeira necessidade.

As famílias que já são apoiadas por instituições como o Banco Alimentar Contra a Fome, da Mesa de Nossa Senhora (o Refeitório Social da Freguesia) ou o Re-food recebem só apoio para produtos de higiene.

Uma família que não tenha apoio alimentar de outra entidade recebe apoio de higiene e alimentar.

Contrariando a ideia de que na freguesia de Belém “só vive gente rica”, Fernando Ribeiro Rosa disse que isso é “errado” e têm inclusivamente moradores “que já tiveram uma vida razoável e agora estão sem nada”.

O presidente da Junta frisou que esta é uma iniciativa para continuar porque “os cabazes solidários são fundamentais”, mas admitiu que teve pedidos para pôr iluminação de natal nas ruas, principalmente dos comerciantes.

“Apoiamos quem se organize e instale iluminação nas ruas, como os comerciantes fizeram na rua Duarte Pacheco, mas não vamos iluminar a freguesia”, afirmou.

O autarca disse que “não vai cobrar taxas” a quem se organize e que até incentiva que mais moradores tenham iniciativas semelhantes.