Esta é, entre outras, uma das reivindicações da Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade), e que foi apresentada e defendida, no passado mês de novembro, na Assembleia da República, junto dos partidos políticos com assento parlamentar e em audiência com o Ministério da Saúde.

"Atualmente, o limite de 40 anos é muito limitativo. O adiamento da maternidade para uma fase da vida economicamente mais estável faz com que o diagnóstico da infertilidade seja cada vez mais tardio e, por isso, devido às longas listas de espera, muitos casais acabam por estar impedidos de fazer tratamento", lembra Cláudia Vieira, presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade.

“Uma mulher que decida ter filhos aos 37 anos, fica dois ou mais anos em lista de espera, rapidamente chega aos 40 anos e é afastada pelo serviço público porque atinge o limite de idade”, acrescenta.

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No setor privado esta limitação de idade não acontece, mas a maioria dos casais não tem capacidade financeira para suportar os elevados custos dos tratamentos.

A garantia de um possível alargamento da idade máxima foi dada, de acordo com a TSF, numa resposta enviada por escrito ao grupo parlamentar do PCP que referia, na questão enviada ao Governo, que muitas mulheres têm contestado o atual idade limite.

Apesar de a eficácia das técnicas poder ser mais reduzida com o aumento da idade, a Associação Portuguesa de Fertilidade defende que, atualmente, não é completamente inútil utilizá-las em mulheres com mais de 40 anos.