“Tendo em conta que a criança passa 30 por cento do seu tempo na escola é necessário que todos os seus intervenientes tenham conhecimento sobre a asma. Os mitos e problemas relacionados com alergias respiratórias podem ser desmascarados. E se a asma for devidamente diagnosticada e controlada, se os professores tiverem formação nesta área e se existir um plano de atuação, a asma não terá implicações na vida da criança”, explica Libério Ribeiro, pediatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica.

E acrescenta: “há uma forte ocorrência de casos de asma nas aulas de Educação Física. Esta situação leva, muitas vezes, a que alunos com asma não pratiquem certos exercícios ou, no limite, não pratiquem atividade física, o que acaba por ter um impacto negativo na criança quer a nível psicológico como fator discriminatório, quer a nível físico por não praticar atividade necessária ao seu desenvolvimento”.

O diagnóstico precoce da asma evita a progressão da doença e a sua evolução para formas persistentes que a tornam irreversível. Em resposta a vários estímulos, as vias aéreas das crianças asmáticas tornam-se mais estreitas e inflamadas, provocando sintomas como tosse, sensação de aperto no peito, pieira e falta de ar.

A asma afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo e em 2025 será a doença crónica mais prevalente da infância e uma das maiores causas de encargos em saúde.