"Substituímos em dois anos letivos todo o fibrocimento que existia em 11 escolas, num investimento de 190 mil euros", revelou Anabela Graça, acrescentando que "não existe nenhuma escola do concelho" do 1.º ciclo e pré-escolar com amianto.

Por seu lado, a diretora do Agrupamento de Escolas (AE) D. Dinis, Madalena Costa, informou que a escola sede com 2.º e 3.º ciclos já retirou o fibrocimento do pavilhão gimnodesportivo e dos passadiços, estando prevista uma intervenção nos blocos de aulas.

"Já temos orçamento aprovado pela DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] para avançar com a intervenção. Esta não era uma zona prioritária, uma vez que o fibrocimento está protegido pelo teto" e, logo, não tem contacto com professores e alunos, salientou Madalena Costa.

A vereadora realizou hoje uma visita a seis escolas do 1.º ciclo e pré-escolar que foram requalificadas. Uma das novidades para este ano letivo é a criação de uma plataforma ‘online’, onde as escolas podem indicar qualquer problema que surja nas instalações, "permitindo que a resposta seja mais rápida e se agilize todo o processo de reparação", adiantou Anabela Graça.

Segundo a autarca, esta plataforma está interligada entre escolas, câmara e juntas de freguesia, que passam assim a "ter conhecimento imediato de um problema com uma torneira ou com uma fechadura", exemplificou.

Intervenções profundas em 12 escolas

Anabela Graça destacou ainda as "intervenções mais profundas" em 12 escolas do concelho, num montante que rondou os 326 mil euros e que foi possível com a "colaboração das juntas de freguesia, através dos contratos de delegação de competências".

A vereadora da Educação anunciou ainda um "investimento ao nível do recreio adequado aos alunos da unidade de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espetro do autismo" do AE de Colmeias.

O diretor do AE de Colmeias, Fernando Elias, destacou que esta é uma unidade "com muita procura por parte dos pais, porque tem uma equipa de educação especial muito boa".

Segundo Anabela Graça, o objetivo da autarquia é "criar uma unidade do espetro do autismo que seja um modelo". A autarca adiantou que "estas crianças têm muita energia" e "precisam muito de brincar".

Esta ideia "será testada durante este ano letivo", podendo vir a ser replicada noutros estabelecimentos de ensino que recebem alunos com autismo.

Foi também a pensar nas crianças especiais que há dois anos a Câmara de Leiria criou um projeto de "apoio às famílias especiais", que possibilita o prolongamento de horário dos alunos com multideficiência no AE Correia Mateus até às 19h00.

Anabela Graça garantiu ainda que o concelho de Leiria dá resposta a todos os alunos do pré-escolar a partir dos três anos, embora admita que "dentro da cidade é mais difícil encontrar lugar para todos”.

A visita de hoje decorreu na Escola Básica (EB) Barosa, EB Quinta do Alçada, EB Souto Carpalhosa, Jardim de Infância Milagres, centro escolar Dr. Correia Mateus e EB Reixida, alguns dos estabelecimentos de ensino que sofreram obras de requalificação no edifício ou espaço de recreio.

Anabela Graça destacou ainda a "importância" que os transportes escolares, as refeições e as requalificações dos espaços têm para a câmara, pois acredita que "as crianças serão mais felizes nas escolas se estas tiverem um ‘upgrade’".