Em declarações à Lusa, o docente da academia minhota, Fernando Ribeiro, responsável pela iniciativa que se repete há dez anos, disse que o "prazer não é só" das crianças que recebem a prenda mas também dos alunos envolvidos nos trabalhos, que "ficam ansiosos pelo Natal para poderem participar".

Segundo explicou o professor, "por ano são transformados entre a 50 a 70 brinquedos, novos ou velhos", que são recolhidos através dos Serviços de Ação Social da academia minhota.

"Os brinquedos ideias para isto são peluches com som, movimento, luzes porque estimulam os sentidos", disse.

"Aquilo que fazemos é adaptar os brinquedos para que permitam aos miúdos com necessidades especiais, nomeadamente paralisia infantil, acionar o brinquedo de forma autónoma", explanou.

A participação dos alunos é "fenomenal", destacou Fernando Ribeiro. "Em outubro começam a perguntar quando é que se começa a adaptar os brinquedos. Apercebem-se que com aquilo que para eles é uma brincadeira fazem a alegria de crianças que vivem numa outra realidade", disse.

Para os estudantes é também, referiu o professor, "um desafio, um estimulo á sua criatividade".

Apesar de "reconhecido o valor" da iniciativa, as ofertas de brinquedos têm vindo a diminuir.

"Nos primeiros anos havia empresas que nos ofereciam brinquedos novos. Agora já não. Mas aceitamos brinquedos usados. Arranjamos e limpamos tudo", apontou.

Este ano já não é possível doar mais brinquedos, mas a recolha do próximo ano será feita durante o mês de novembro na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, e nos complexos desportivos da Universidade do Minho em Braga e Guimarães.

A iniciativa conta com o apoio da SALUSLIVE, da botnroll.com e da Sociedade Martins Sarmento.

A entrega dos brinquedos adaptados será feita durante esta semana em instituições de apoio e acolhimento de crianças com necessitares especiais pelo distrito de Braga.