O vice-presidente da autarquia, Rui Costa, explicou à agência Lusa que, neste primeiro ano, vão ser abrangidos cerca de 400 alunos, num universo de mais de 1.600 crianças que frequentam o primeiro ciclo, metade das quais usufruem da ação social escolar.

Na sessão de câmara de hoje, o executivo municipal aprovou por maioria (com PS e PSD a votarem a favor e CDU contra) o regulamento do programa "Mochila Escolar", que tem como destinatários os alunos do primeiro ciclo do ensino básico das escolas públicas do concelho que estão abrangidos pela ação social escolar.

No Orçamento para 2015, o município tem prevista uma verba de 11 mil euros para o programa. O autarca explicou que o regulamento dá prioridade aos alunos do primeiro ano e depois aos seguintes, devendo em 2015/2016 beneficiar pelo menos os do primeiro e segundo anos.

A autarquia prevê gastar também 102 mil euros na aquisição de manuais escolares. Depois de este ano os ter oferecido pela primeira vez aos alunos carenciados, no próximo ano letivo pretende abranger 75% do total dos alunos.

Além da mochila, a autarquia dá diversos materiais indispensáveis ao arranque do ano letivo, como cadernos, canetas, lápis, estojo, cola, compasso, régua ou tesoura.

A par dos manuais escolares, o programa "Mochila Escolar" tem como objetivos combater o decrescente poder de compra das famílias, contribuindo para a diminuição dos gastos na aquisição de material escolar e para o sucesso escolar dos alunos.

Em setembro do ano passado, a câmara entregou 50 mochilas a alunos, na fase experimental do programa.

Na ocasião, os vereadores do PSD/CDS-PP confrontaram a maioria PS com a falta de cabimentação orçamental e de um regulamento para o programa.

A equipa liderada por Pedro Folgado justificou na altura que as mochilas foram atribuídas no âmbito do mecenato, tendo sido doadas pelos eleitos do PS no executivo e por dois dos seus adjuntos, tendo cada um contribuído com 80 euros, de acordo com documentação oficial a que a agência Lusa teve acesso.