“A taxa de mortalidade materna na África ocidental encontra-se entre mais elevadas do mundo, variando de 483 a 888 mortes por 100 mil nascimentos, com uma média de 510 por 100 mil nascimentos vivos”, afirmou o diretor geral da Organização oeste-africana da Saúde (OOAS), Xavier Crespin.

O especialista, que participava num fórum que reuniu ministros da saúde da África ocidental, indicou que “esta taxa está largamente acima da média africana, que é de 339 mortos por 100 mil nascimentos vivos”.

“A situação é preocupante”, acrescentou Crespin.

Os indicadores relacionados com a mortalidade infantil também são alarmantes.

A nível da maternidade infanto-juvenil, a África ocidental “está infelizmente à frente”, com taxas de mortalidade que vão “de 22 por 1.000 em Cabo Verde a 182 por 1.000 na Serra Leoa, ou seja uma média regional de 98 nascimentos vivos por 1.000”, prosseguiu Crespin.

Segundo este responsável, a África ocidental dispõe igualmente da mais forte taxa de fecundidade no mundo – 5,7 crianças por mulher – e regista também a mais baixa taxa de prevalência contracetiva (10 por cento).

A fraca cobertura em intervenção de cuidados de saúde e a fraca qualidade de tratamentos, ligados à pobreza endémica da região, são responsáveis por esta situação, consideraram os especialistas presentes no encontro.