Os dados da Segurança Social, sujeitos a atualizações, indicam um aumento de 0,1% relativamente a maio, mês em que foram registados 1.116.637 beneficiários, e uma diminuição de 3,5% (menos 41.030) de crianças e jovens face ao período homólogo de 2015.

Lisboa é a região do país com o maior número de abonos de família atribuídos (222.952), seguindo-se o Porto (218.964), Braga (100.459) e Setúbal (87.552).

Numa análise aos dados estatísticos, o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social explica que há dois momentos no ano em que se verifica um decréscimo no número de titulares: em janeiro, devido à reavaliação dos rendimentos anuais, e em setembro, devido à renovação da prova escolar.

“Os restantes meses apresentam variações positivas, refletindo as reentradas e as entradas de novos titulares, embora não atinjam os valores do período homólogo”, refere o gabinete na “Síntese de informação estatística da Segurança Social”, que a partir de agora começa a acompanhar as estatísticas do ISS.

Segundo o Gabinete de Estratégia e Planeamento, as duas alterações legislativas ocorridas no primeiro semestre de 2016 (aumento da majoração do montante do abono de família a atribuir a menores inseridos em agregados familiares monoparentais e a atualização dos montantes do abono de família e da bonificação por deficiência) não contribuíram para o crescimento do número de beneficiários.

“No entanto, ajudaram a aumentar o rendimento disponível destas famílias, esperando-se um impacto no aumento da prestação média e, consequentemente, na despesa global com esta prestação”, sublinha.

O montante do abono de família - a prestação com maior peso nas prestações familiares - varia de acordo com a idade da criança ou jovem e com o nível de rendimentos de referência do respetivo agregado familiar.