Hoje assinala-se o Dia Internacional da Criança com Cancro, doença que atinge todos os anos cerca de 175 mil crianças, das quais cerca de 90 mil estão destinadas a não sobreviver. Em Portugal são diagnosticados anualmente 350 novos casos e a crise que assola o país vem tornar piores as condições das famílias que vivem sob esse mal. Margarida Cruz, directora geral da Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro (Acreditar), refere a este propósito: “Estas famílias estão a ter cada vez mais dificuldades económicas”, pois trata-se de “uma doença grave que se prolonga no tempo”. Outrossim relevante é a Lei 71/2009, que apesar de ter criado um regime especial de protecção de crianças e jovens com doença oncológica, é omissa na proteção que os pais precisam, a nível económico, para acompanhar os filhos. Ou seja, muitos estão em risco de perder o emprego, por ausências ao trabalho, agravando assim, a sua situação económica que, muitas vezes, já é precária. Por outro lado, Margarida Cruz enaltece a rapidez com que o diagnóstico ao cancro é feito em Portugal, o que se repercute positivamente num tratamento precoce com mais possibilidades de sucesso.
15 de fevereiro de 2012