A pré-eclâmpsia costuma ocorrer quando a grávida demonstra uma pressão arterial bastante elevada, após a sua 20ª semana de gestação e o seu desaparecimento pode ocorrer até às 12 semanas pós-parto. Além da pressão arterial elevada, a pré-eclampsia pode trazer outras complicações, como por exemplo, o excesso de proteína na urina e também o edema.

Esta doença pode ser dada também, pelo nome de toxemia ou doença hipertensiva específica da gravidez e como o nome indica só ocorre durante a gravidez. O nome de pré-eclâmpsia surge devido à eclâmpsia, que é um tipo de conclusão que acontece durante a gravidez e que pode ser fatal para a mãe e também para o bebé.

Se esta doença não for tratada, pode levar a graves complicações, tanto para a mulher como para o bebé. Pode-se ainda referir que a hipertensão é responsável por ser a principal causa de morte entre as grávidas.

Causas

A causa para esta doença é desconhecida, mas os especialistas acreditam que ela tem origem na placenta, até porque no ínicio da gravidez, existe um desenvolvimento de novos vasos sanguíneos que se desenvolvem e aumentam para que o sangue consiga chegar à placenta. Nas mulheres que apresentam esta doença, os vasos sanguíneos acabam por não conseguirem desenvolver-se de forma normal, sendo mais estreitos que os vasos normais, o que limita a quantidade de sangue.

Este desenvolvimento anormal pode incluir algumas causas, como a existência de fluxo sanguíneo insuficiente para o útero, danos nos vasos sanguíneos, problemas no sistema imunológico, assim como, distúrbios na pressão arterial durante a gravidez.

Além da pré-eclâmpsia, existem mais três doenças hipertensivas que podem ocorrer durante a gravidez, e estas são:

- Hipertensão Gestacional: Provoca uma pressão arterial elevada à grávida, embora não existam sinais de excesso de proteína na urina ou outros sinais de danos nos orgãos.

- Hipertensão crónica: É a hipertensão arterial que se encontra presente antes da gravidez ou que ocorre antes das 20 semanas. Poderá ser difícil determinar o seu início, visto que, esta não apresenta qualquer tipo de sintomas.

- Hipertensão crónica com Pré-eclâmpsia superposta: Ocorre quando as mulheres apresentam uma pressão arterial elevada, bem antes da gravidez, que acaba por ser desenvolvida e agravada, surgindo assim, a presença de proteína na urina.

Fatores de risco

Incluem:

- Histórico familiar de pré-eclâmpsia

- A primeira gravidez

- Várias gestações com parceiros diferentes

- A idade, onde o risco é maior após os 35 anos

- Gravidez múltipla

- Um intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações

A existência de outras doenças, também pode influenciar o aumento da pré-eclâmpsia, como é o caso da obesidade, da hipertensão, enxaqueca, diabetes tipo 1 ou 2, doenças renais, trombofilias, assim como, artrite reumatoide, escleroderma e lúpus.

Sintomas

É possível que durante a gravidez as mulheres não consigam notar o aumento da pressão arterial ate que ela esteja demasiado alta, por isso é necessário que existam visitas regulares ao obstreta, de modo a que a pré-eclâmpsia possa ser descoberta logo no início. No que diz respeito aos primeiros sintomas, estes são caracterizados por:

- Aumento rápido do peso, nomeadamente 2 a 5 quilos numa semana

- Inchaço na cara, mãos e pés

Após o desenvolvimento da doença, os sintomas são outros, nomeadamente:

- Dores de cabeça

- Dor abdominal

- Ter menos vontade de urinar

- Falta de ar

- Náuseas ou vómitos

- Confusão

- Convulsão

Ao fazer as suas consultas pré-natais certifique-se de monitorizar a sua pressão arterial e se vir que sofre de algum destes sintomas deve avisar o seu médico e ir de imediato ao hospital. Embora as dores de cabeça e as náuseas sejam bastante frequentes durante a gravidez, deve avisar o se médico na mesma, nem que seja para que ele a mantenha debaixo de olho e também para que não se sinta preocupada.

Diagnóstico

Para ser diagnosticada, deve apresentar uma pressão arterial bastante elevada, assim como:

- Proteína na urina

- Plaquetas baixas

- Insuficiência da função hepática

- Sinais de problemas nos rins

- Líquidos nos pulmões

- Distúrbios na visão

- Dores de cabeça

Anteriormente esta doença era apenas diagnosticada se a grávida apresenta-se uma pressão arterial elevada, assim como proteína na urina, mas hoje em dia, já existem outros fatores que a podem diagnosticar e por isso é necessário que faça alguns exames como:

- Exames de sangue

- Exames de urina

- Ultrassom fetal

- Verificação da frequência cardíaca do bebé

Tratamento

Se for diagnosticado pré-eclâmpsia na sua gravidez, o seu médico irá informá-la do que será necessário fazer, e isso vai acabar por incluir mais consultas pré-natais, assim como, exames de sangue frequentes e monotorização da frequência cardíaca.

Poderá ter que alterar o seu estilo de vida, começando a ingerir pouco sódio, a manter o seu peso, a dormir de forma mais adequada e também a fazer caminhadas. Se a sua pressão continuar alta é necessário que recorra ao uso de medicamentos para ajudá-la. O repouso absoluto pode chegar mesmo a ser recomendado, tendo a grávida que permanecer deitada sobre o lado esquerdo, durante a maior parte do tempo.

Medicamentos

O tratamento para esta doença pode incluir:

- Medicamentos que baixem a pressão arterial e que sejam seguros para a gravidez

- Corticosteroides, para os casos mais graves ou que se encontrem associados a complicações hepáticas ou de plaquetas

- Medicamentos anticonvulsionantes

- E em último caso, hospitalização

A hospitalização, exigirá que o seu bebé seja monitorizado e que o volume de líquido amniótico seja medido com frequência. Pois a falta deste, é um sinal de que o sangue que o bebé está a receber é insuficiente.

Prevenção

Se existir uma evolução da pré-eclâmpsia para a eclâmpsia, esta poderá interferir com a capacidade da placenta fornecer oxigénio para o bebé e fazer com que este nasça com um peso mais baixo que o normal, dando assim origem, a vários problemas de saúde e tabém ao parto prematuro.

Como não é possível determinar a causa desta doença é muito difícil saber o que fazer para evitá-la e por isso quando esta é identificada existem vários passos que pode tomar para a evitar, como é o caso do repouso e da monitorização da mãe e do bebé.

Contudo, estima-se que depois que o seu bebé nascer, a pressão arterial volte ao normal.