24 A 28 SEMANAS

BEBÉ: Já consegue abrir e fechar os olhos. Faz exercício várias vezes ao dia, dando uns pontapés e espreguiçando-se. Consegue responder com uns movimentos mais bruscos. Reconhece as vozes e também é sensível à luz.

MÃE: Pense em como e onde gostaria de ter o parto. Evite usar sapatos com salto muito alto. Coma várias vezes ao dia, para evitar a azia. Caso o inchaço dos pés dure mais de 24 horas ou a cara e as mãos inchem de repente, recomenda-se uma ida ao médico. O mesmo acontece se sentir mais de cinco contrações durante uma hora. As ambivalências que possa ter sentido em relação a este bebé, estão provavelmente resolvidas. Planeie com o pai a ida às aulas de preparação para o nascimento.

PAI: Continue com o exercício e a incentivar a mãe. Isso vai ajudá-la, e a si, a prevenir as dores de costas. O pai deve ajudar a mãe e precaver?se de que esta não passa muito tempo de pé. Talvez sinta também algum desconforto físico e preocupação com as finanças.


28 A 32 SEMANAS

BEBÉ: Já tem soluços. O paladar distingue o doce e o ácido. O seu cérebro está a crescer a um ritmo muito acelerado. Os ossos da cabeça são suaves e flexíveis, para que seja mais fácil sair. Cada dia se sente mais apertado na barriga da mãe. Ainda assim, consegue mexer as pernas e dar umas voltinhas.

MÃE: Coma mais amiúde. É normal ter maior dificuldade em respirar e em dormir. Consulte o médico a cada duas semanas e perante as seguintes situações: se tiver corrimento de sangue; vir uma neblina ou manchas nos olhos; sentir que o bebé está a empurrar para baixo; notar uma diminuição dos movimentos fetais; ter mais de cinco contrações durante uma hora. Converse com pessoas da sua confiança.

PAI: As pessoas costumam perguntar: «Então estás a gozar os últimos dias?». Pode parecer?lhe o prenúncio de uma doença terminal, mas não, embora talvez se sinta compelido a fazer listas do que ainda não fez e gostava de fazer e até a iniciar outros projetos. Não é fácil deixar de ser filho para passar a ser pai e pensar que tipo de pai será.


32 A 36 SEMANAS

BEBÉ: A pele está mais pálida e o corpo ganha formas redondinhas. O cabelo já é liso ou encaracolado. Começa a desaparecer o pelo fino que cobre o corpo do bebé no ventre materno, chamado lanugo. As orelhas são macias, com pouca cartilagem. Aparece o umbigo.

MÃE: O seu desejo de «fazer ninho» é muitas vezes forte, mas não exagere em limpezas, pode sentir-se mais facilmente cansada pelo peso extra do bebé e por dormir pior. Registe os movimentos fetais. Se forem inferiores a dez por dia, deve dirigir-se à maternidade. Chegou a hora do adeus à barriga para conhecer o seu bebé real, pode sentir um turbilhão de emoções contraditórias que a levam a um novo balanço da sua vida. Informe?se em relação à amamentação e aos serviços de apoio; visite o hospital, se não estiver a planear um parto em casa; prepare a mala que leva para o hospital. Se está a trabalhar, pode ter de reassegurar aos colegas que se sente bem.

PAI: «Fazer o ninho» talvez implique pôr os seus dotes em ação. Agora que começa a pensar em como irá decorrer o parto, sabe quais são os desejos da sua companheira em relação ao parto e ao alívio da dor? E quais são os seus – por exemplo, gostaria de cortar o cordão umbilical? Fica no hospital com ela ou fica a cuidar dos outros filhos? Planeie as questões logísticas para a saída de casa. Sabe se a sua companheira deseja amamentar? Se sim, informe-se, pois a sua ajuda e apoio são grandes fatores para o sucesso da mesma.


36 A 40 SEMANAS

BEBÉ: A pele é rosada e macia. Surge o pelo fino que cobre o corpo, lanugo, nos ombros e nas costas. As orelhas estão mais firmes. As unhas estão compridas. As plantas dos pés estão enrugadas. Está quase a nascer! Fica mais confortável a fazer o pino, com a cabeça encaixada na parte de baixo do abdómen da mamã.

MÃE: Pode ter perdas de urina e sinais de início de trabalho de parto; deve estar provavelmente cansada e impaciente por ver o bebé ou com medo de que ele se «atrase». Goze os últimos dias. É comum os bebés nascerem depois da data prevista, especialmente se são primeiros filhos. Dirija-se ao hospital quando as contrações são regulares e dolorosas, com intervalos até dois minutos ou se sentir mais de cinco contrações numa hora. As contrações duram entre 30 a 70 segundos. Pode haver rutura da bolsa de águas.

PAI: Mantenha a serenidade e seja paciente, pois será o maior ponto de apoio e «escudo» da mãe e deste bebé que ambos querem. Se vai ser o acompanhante da mãe no parto, pode ajudá-la a estar mais confortável, fazer massagens, caminhar com ela, falar com ela ou acompanhá-la em silêncio, tranquilizá-la ou encorajá-la, mas não lhe consegue tirar as dores, por isso não diga que «está tudo bem» ou que «não é nada». Tenha um papel fundamental, como uma espécie de advogado de defesa da mãe que assegura que os seus desejos são respeitados pelo pessoal hospitalar ou mesmo pela família.