O adiamento da maternidade por motivos pessoais, profissionais e económicos (com maior impacto nas mulheres mais jovens), está a levar ao aumento do número de casais com mulheres de idade igual ou superior a 38 anos a fazer tratamentos de fertilidade – nomeadamente fecundação in vitro (FIV). Este aumento pode ser definitivo para uma mulher conseguir engravidar com os próprios óvulos ou não.

 

Em 2013, procuraram ajuda para engravidar mais de 800 casais, e realizaram-se 138 tratamentos com óvulos doados, o que representa um aumento de 30% respeito a 2011.

 

Para o diretor do IVI Lisboa, Sérgio Soares, onde continua a subir o número de mulheres a fazer tratamento de fecundação in vitro (FIV) “existem vários fatores para se recorrer à receção de óvulos doados, como por exemplo, evitar que doenças hereditárias sejam transmitidas ao bebé, falência ovárica devido a menopausa precoce, e perda de qualidade de óvulos próprios devido à idade em que se pretende engravidar – casos estes que podiam ser evitados se as pacientes tivessem recorrido antes à preservação de ovócitos. A reserva ovárica diminui e envelhece com o passar do tempo. A idade ideal para engravidar é entre os 20-30 anos e a partir dos 35 ocorre a queda de fertilidade”.

 

Em 2011, o IVI Lisboa introduziu a vitrificação de óvulos (ou criopreservação de óvulos) que constitui um recurso para aquelas mulheres que na faixa etária dos 30 anos não vislumbram a curto/médio prazo a concretização do projeto reprodutivo pelas vias convencionais. “No entanto, nenhum recurso dá tantas garantias como constituir família na faixa etária ideal”, enfatiza o Dr. Soares. O método também possibilita a maternidade, no futuro, a mulheres que tenham que fazer tratamentos de quimio e radioterapia devido a cancro.

 

Desde que o IVI Lisboa iniciou atividade em Portugal, em 2006, nasceram cerca de 1500 crianças através de técnicas de fertilização. “Em 2013 com o aumento de 28% no número de primeiras consultas, respeito ao ano anterior, e as novas tecnologias que constantemente vão sendo implementadas, como a introdução do embryoscope no nosso laboratório de fecundação in vitro - uma incubadora que nos permite selecionar embriões com mais critério, prevê-se um maior número de gravidezes ao longo do ano”, comentou o diretor do centro.

O último relatório de atividade desenvolvida pelos centros de procriação medicamente assistida (PMA), publicado em julho de 2013, pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) referente a 2011, mostra que 2,1% das crianças nascidas em Portugal são resultado da aplicação de técnicas de PMA, o que representa 2007 crianças no universo total de nascimentos (96.856).

 

Apesar do aumento dos tratamentos de óvulos doados, a fertilização in vitro é o tratamento mais solicitado e representa cerca de 62% dos procedimentos do IVI Lisboa, enquanto a inseminação artificial, representa 17% do total.

 

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