Os Tumores do Sistema Nervoso Central surgem devido à formação de células doentes dentro da tua cabeça. Quando elas chegam ao cérebro poderás sentir dores de cabeça, sobretudo durante a manhã, não conseguir ver, nem ouvir muito bem, ter dificuldade em andar ou movimentar os braços e as pernas. Outras vezes podes ter dificuldade em falar, má disposição, e problemas em lembrar-te do que fizeste ao longo dos dias.

Os tumores do Sistema Nervoso Central, sistema constituído pelo cérebro e espinal-medula e o principal responsável pelas funções de controlo do corpo, são neoplasias sólidas e constituem o segundo tipo de tumor mais frequente nas crianças, a seguir às leucemias, sendo normalmente tumores primitivos.

Este tipo de tumores classifica-se de acordo com a sua localização e tipo de célula que esteve na sua origem, sendo a taxa de crescimento muito rápida.

Os tipos de tumor do SNC mais comuns entre as crianças são os que ocorrem nas células gliais (células não neuronais do sistema nervoso central que são responsáveis por garantir o suporte e nutrição aos neurónios), podendo constituir:
• Glioma do tronco cerebral: tumor que tem a sua origem no interior do encéfalo (tronco cerebral), ocorrendo principalmente em crianças entre os 2 e os 4 anos, embora também com um pico de incidência durante a adolescência;
• Astrocitoma: em idade pediátrica, o tumor pode surgir em qualquer parte do cérebro, cerebelo e espinal-medula;
• Ependimoma: tumor que se desenvolve nas células que envolvem os ventrículos ou o canal central da espinal-medula, sendo muito frequente em crianças e jovens-adultos;
• Meduloblastoma: desenvolve-se no cerebelo. É um dos tumores mais comuns entre os tumores pediátricos, tendo maior incidência entre os 5 e os 7 anos;
• Craniofaringioma: tumor frequente no encéfalo junto à hipófise (glândula localizada numa cavidade óssea na base do cérebro).

Os principais sinais e sintomas dos tumores de SNC:
• fortes dores de cabeça no período da manhã;
• vómitos e náuseas;
• perda de visão e audição;
• perda de força a nível dos membros superiores e inferiores;
• alteração na fala;
• perda da coordenação motora;
• convulsões;
• alterações de humor e perda das funções cognitivas.

Conteúdo retirado do portal PIPOP (www.pipop.info), um projecto da Fundação Rui Osório de Castro (www.froc.pt)