Dentro do espetro do autismo, é a forma mais funcional, com capacidade cognitiva normal e sem perturbação notória da linguagem. Trata-se de uma perturbação neurocomportamental de base genética que se manifesta, sobretudo, por alterações na interação social, na comunicação e no comportamento. Esta doença afeta maioritariamente o sexo masculino. Existe alguma informação que leva a pensar que a síndrome de Asperger é provocada por fatores neurobiológicos que afetam o desenvolvimento cerebral, nomeadamente de base genética, sem que os diversos elementos estejam completamente identificados.

Sintomas e sinais

Estes são os principais a que deve estar atento:

- Dificuldades na comunicação tanto verbal como não verbal, sobretudo no que se refere à prosódia do discurso (entoação).

- Falta de pensamento abstrato que causa dificuldade na aprendizagem de disciplinas como português ou filosofia.

- Interesses obsessivos sobre assuntos específicos que envolvem a memorização ou ordenação de factos, tais como comboios, planetas ou cartas colecionáveis.

- Necessidade de uma rotina diária coerente e estável. Qualquer pequeno imprevisto pode  causar-lhe uma grande ansiedade.

Diagnóstico

Embora seja uma disfunção com origem num funcionamento cerebral particular, não existe um marcador biológico, pelo que o diagnóstico se baseia na avaliação dos comportamentos típicos. O desconhecimento acerca desta doença por parte de educadores e profissionais de saúde faz com que muitos pais sejam acusados de não serem bons educadores devido aos comportamentos bizarros ou fora do comum que os seus filhos apresentam. Em caso de suspeita de síndrome de Asperger consulte o seu pediatra ou médico de família que o encaminhará para técnicos com experiência nesta situação.

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Tratamento

A síndrome de Asperger não tem cura. No entanto, com acompanhamento adequado, é possível proporcionar aos portadores desta doença as competências necessárias para se integrarem na sociedade. Os adultos que sofrem desta patologia podem ter grande sucesso profissional, utilizando a sua preserverança, memória excecional, rigor e outras competências cognitivas.

Revisão científica: Nuno Lobo Antunes (médico neurologista) e Clara Marecos (médica interna de pediatria)