Lidar com os problemas de saúde dos filhos nem sempre é fácil, sobretudo pata pais que entram facilmente em pânico.

Contudo, se estiver bem informado, colocará muito mais facilmente um ponto final nos receios e dúvidas sobre patologias muito comuns em determinadas idades.

«A minha filha tem dez anos e faz natação desde os seis. Tem sinusite e sempre teve alguns problemas de ouvidos, nomeadamente no ouvido médio. Há uns meses, foi operada aos adenoides e o otorrinolaringologista disse que ela devia deixar de ir à piscina por causa dos ouvidos e nariz. Consultámos outro médico, que lhe disse que ir à piscina era bom para o organismo se habituar à água. Quem tem razão?», interroga-se Manuela Abrantes, hospedeira de bordo.

O problema das piscinas é a otite externa, também chamada otite do nadador. Esta é mais frequente no verão, altura em que as crianças permanecem mais tempo dentro de água.

«A cera é uma barreira natural do canal auditivo externo. Fatores como o calor e a humidade contribuem para a sua perda e favorecem a proliferação de bactépsiquiatria rias que se encontram na água e, assim, se instalam facilmente no canal auditivo externo, provocando a otite», explica a pediatra Helena Carreiro.

«Se a membrana do tímpano está íntegra, não há extensão direta ao ouvido médio, já que a barreira anatómica impede o seu aparecimento. A doença do ouvido pode aparecer mesmo quando os padrões de desinfeção da água das piscinas seguem as normas padronizadas, podendo acontecer o mesmo com a água do mar», explica ainda a especialista.

SOS ouvidos

Helena Carreiro recomenda algumas medidas que diminuem a ocorrência de otites:

- Proteja o ouvido da água recorrendo ao uso de touca e tampões de silicone.

- Evite mergulhar, sobretudo de forma repetitiva.

- Não permaneça muito tempo com a cabeça debaixo da água.

- Não introduza objetos nos ouvidos para os secar, nomeadamente cotonetes, que provocam maceração e condicionam o aparecimento de inflamação e consequente infeção do canal auditivo externo.