Visitar museus e exposições são experiências para vivenciar com os mais pequenos em qualquer altura do ano.

 

Nos dias de sol, é uma boa maneira de os manter à sombra e, nas alturas de maior chuva e frio, uma excelente forma de as preservar do mau tempo.

 

Antes da visita, explique-lhes o que vão ver, incentive-os a fazer perguntas e a passarem para o papel (desenho ou texto) o que viram. Estas visitas serão autênticas aulas de história, arte e de ciência que permanecerão na memória dos mais pequenos por muito tempo. Ao longo do percurso museológico, cative-os para a importância do que estão a ver, fazendo explicações simples e compreensíveis que motivem as crianças.

 

O ideal é levá-los a museus com alguma interatividade, de modo a envolvê-los mais com o que têm à frente. Esta é também uma boa ocasião para transmitir algumas regras de comportamento social, alertando-as para a importância de não andarem a correr de um lado para o outro e para respeitar o que está exposto, não tocando nas peças. Observar com silêncio é outra das mensagens a transmitir durante a visita. 

 

Para os que gostam de ciência

 

A ciência está em todo o lado até mesmo nas histórias infantis, como se pode ver na mais recente exposição do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Interativa, esta mostra responde a algumas questões que os mais pequenos (e adultos também) vão de desvendar. Será possível construir uma casa de palha que resista ao sopro do lobo? E uma máquina que desmascare as mentiras do Pinóquio? Porque tinha afinal o lobo uma boca tão grande? Esta exposição constitui uma excelente oportunidade para promover uma maior interatividade entre crianças e adultos.

 

Mostrar aos mais pequenos coisas de outros tempos, contextualizando-as e estabelecendo paralelismos com os dias de hoje, é outra das funções de algumas exposições que pode exploarar, como sucede com «Do Astrolábio ao GPS». Esta exposição permanente do Centro de Ciência Viva de Lagos e leva os mais pequenos numa viagem desde os Descobrimentos aos nossos dias, dividindo-se em três áreas temáticas: instrumentos de orientação e de navegação, vida a bordo e comunicações. Nelas, as crianças percebem a evolução que houve no campo da navegação e dos instrumentos de comunicação desde a altura em que os portugueses partiram à descoberta do mundo. 

 

Se não pode viajar, leve-os a viajar, mostrando-lhes outras paisagens do mundo. A exposição «Biorama» recria comunidades ecológicas do nosso planeta, entre as quais a savana, a floresta tropical, o deserto, o litoral e até o ambiente mesozoico que faz os visitantes recuarem até à época dos dinossauros. A fauna e flora de cada uma são recriadas, mostrando a biodiversidade da terra. Pode ver esta exposição no  Parque Biológico de Gaia, em Avintes, todos os dias.

 

As várias formas de comunicação são o mote da exposição «Comunicar». As crianças vão adorar sobretudo o núcleo dedicado à exploração dos cinco sentidos do corpo humano com jogos interativos e uma máquina de comunicar (um zepelim que reage à interação com o público). A exposição está patente no Museu dos Transportes e Comunicações, no Porto. 

Para os que gostam de arte

 

Incutir nos mais pequenos o gosto pela arte e pela cultura, incluindo a antiga, é outro dos lados das exposições que os pais devem explorar.

 

Na exposição «Máscaras portuguesas», por exemplo, a tradições do nordeste de Portugal vieram até Lisboa nesta exposição de máscaras que são usadas nas festas dos Caretos, de Santo Estêvão e do Chocalheiro.

 

Uma oportunidade única para pais e filhos conhecerem estas festividades pagãs. Para ver no Museu da Marioneta até 6 de abril de 2014. Marionetas e cenários de peças são a grande atração das exposições do Museu da Marioneta, no Porto, que mostra como esses objetos podem existir fora do espaço teatral. 

 

Uma praia com pelicanos e pinguins é apenas um exemplo do que pode encontrar quando entrar neste mundo de fantasia. Mas, um pouco por todo o país, não faltam museus que retratam as tradições portuguesas, como é o caso do Museu de Arte Popular em Lisboa e do Museu de Etnologia no Porto. 

 

Texto: Rita Caetano com edição de Luis Batista Gonçalves