O diagnóstico de cancro numa criança é uma notícia que afecta tanto o núcleo familiar mais restrito, como os parentes mais afastados e outros elementos da esfera de vida da criança (ex. escolar, de lazer, religiosa). Todas as famílias reagem de forma diferente à comunicação, pelo médico, de que a criança tem cancro, podendo haver diversos estilos de comunicação e graus diferentes de abertura entre os vários elementos familiares.

Podem coexistir emoções negativas, como a tristeza e a revolta, mas também sensações mais positivas como o alívio e percepção de controlo sobre a situação (por exemplo quando se iniciam os tratamentos).

É por isso de extrema importância procurar ajuda e esclarecer todas as dúvidas com a equipa médica que acompanha a criança. Estes profissionais, melhor do que ninguém, conhecem o caso em concreto, percebem o sofrimento inerente e estão certamente dispostos e empenhados em minimizar o problema. Sentir que têm o apoio do médico dará força para superar a situação e é um primeiro passo para que os pais ganhem confiança na actuação dos profissionais que estão a cuidar do seu filho, sentindo que têm ao seu lado, mais do que um médico, “um ombro amigo” com quem podem falar abertamente sobre as suas dúvidas e o misto de emoções que se abateu sobre as suas vidas.

Conteúdo retirado do portal PIPOP (www.pipop.info), um projecto da Fundação Rui Osório de Castro (www.froc.pt)