Há bebés que nunca usaram uma chucha. Outros que precisam da chucha em momentos-chave do dia, por exemplo para o sono ou numa crise. E há ainda outros que chucham na chupeta desde os primeiros dias de vida. O conselho dos especialistas é que haja bom senso no recurso a este meio para acalmar o bebé.

 

O uso da chucha estimula as competências dos bebés em termos de preparação das atividades de sucção e a autorregularem-se do ponto de vista emocional. Contudo, a chucha deve ser usada com moderação, para que a criança não venha a depender unicamente da chucha como forma de se acalmar.

 

No caso de ser uma escolha dos pais, a chucha deve ser usada nos momentos de transição, como quando o bebé se encontra irritado ou cansado. Dar a chucha de forma continuada é um comportamento de intolerância ao choro. “Um bebé que não chora não é saudável. O choro é uma necessidade vital, tal como o sorrir”, alerta Maria João Alvito, formadora de instrutores de massagem infantil e de cursos de preparação para o nascimento.

 

É importante que os pais procurem outras formas de tranquilizar a criança, tais como ter uma voz que dá um reforço positivo, um colo, o bebé eleger um objeto que lhe transmita confiança, que pode ser um boneco, uma caixa de música. E acrescenta: “Com o crescimento, ela própria vai encontrar outras formas de se confortar.”

Sugar é instintivo

 

É possível observar nos primeiros meses que o bebé tem o instinto de sugar durante o início do sono, nos ciclos do sono ativo; no sono profundo, abandona o comportamento de sucção. Quando regressa ao sono ativo observa-se que ele abre os olhos, muda as expressões faciais, geme, regressando ao chuchar.

 

Nos primeiros quatro meses de vida do bebé, o reflexo de busca e de preensão encontra-se ativo.

 

Se a criança não for capaz de o fazer sozinha, os pais podem ajudar a levar os dedos (ou outro objeto) na direção da boca. Cedo, as crianças procuram já, sozinhas, objetos de autoconsolação, como uma fralda, um boneco ou outro objeto.

 

“O sugar vem já de uma necessidade fisiológica de autoconsolo e de pacificação”, assegura a especialista Maria João Alvito. Embora seja possível observar o bebé a sugar dentro do útero, o reflexo de sucção encontra-se ainda pouco desenvolvido durante a gestação. É por isso que os prematuros sugam na mama de uma forma ineficaz.

 

Ana Margarida Marques

 

 

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Adeus à chucha