É com grande ânsia que qualquer pai aguarda a primeira palavra do seu filho. É claro que é necessária paciência, aguardar e respeitar o desenvolvimento da criança e ficar atento a este, de acordo com as indicações do pediatra. Esta, por norma, pode começar a produzir as primeiras palavras aos 12 meses, aos 18 meses já é capaz de pronunciar cerca de 6 palavras e a partir dos 2 anos as frases compostas podem começar a surgir. Mas, mesmo antes de murmurar a primeira palavra, a criança aprende as regras da linguagem e percebe como os adultos a usam para comunicar.
Ainda que faça parte do desenvolvimento natural da criança, a estimulação pode (e deve) ser feita de várias maneiras afim de criar a necessidade de falar, tais como:

Conversar com o bebé no ventre – a partir da 24ª semana de gestação, o bebé já é capaz de ouvir os batimentos cardíacos da mãe, bem como a sua voz;
Conversar no dia a dia – o bebé fará uma análise visual do que vê, ou seja, a forma como colocamos a língua e os lábios e do que ouve (vibração ou não das cordas vocais). Não obstante, a conversa deve ser ativa e constante, por forma a que o bebé associe o que está a ouvir com a ação onde está inserido. Por exemplo, quando estiver a dar de comer poderá enunciar os objetos que está a utilizar para dar de comida e descrever os alimentos. O vocabulário ficará mais enriquecido a longo prazo, uma vez que desde cedo se teve acesso ao mesmo;
Associar palavras a movimentos, objetos e outros – uma das fases do desenvolvimento da linguagem dá-se pela repetição e as primeiras estão muito associadas a outras capacidades motoras. Exemplo disso é o típico sim ou não com o acenar da cabeça, imitar os sons de animais quando se aponta para um, 'vamos lavar a cabeça' e apontar para a cabeça, etc...

Variar o tom de voz – a entoação que dá vai fazer com que o bebé aprenda a expressar-se de forma adequada, a conseguir identificar sentimentos e a descodificar emoções. O seu tom tem de de ser carinhoso para gerar conforto à criança, ainda que deverá ser adequado quando a mesma começa a crescer;
Ler para a criança – estará a proporcionar-lhe um leque vasto de novas palavras, pronúncia correta e a cultivar a sua imaginação, o que consequentemente lhe irá dar acesso a mais argumentos e ferramentas para falar. Não obstante, estará a estimular o gosto pela leitura e a criar um dos momentos mais ricos na vida de uma criança;
Cantar – irá estimular a sua atenção e memória, bem como o acesso ao processo da fala: ritmo, entoação e vocabulário. As canções infantis estão repletas de bons exemplos: repetições, movimentos e associações;
Conviver com outras crianças – estando perante outras crianças que já falem a vontade e curiosidade vai ser desenvolver a fala para poder ser entendida. Se estiver num ambiente onde basta apontar para ser percebida, vai ser gerado um comportamento comodista onde não falar ou falar de forma incorreta pode acontecer;
Brincar – as brincadeiras auxiliam no desenvolvimento da criança porque promovem a linguagem, a expressão de sentimentos, a descoberta e a socialização. Fantoches, teatro, brincar às escondidas, cantar, entre outras, são um bom estímulo;
Usar sinónimos – quando a criança já estiver na fase de perguntar pode responder dando mais do que uma resposta, isto é, 'o que é isto?' 'isto é um carro ou um automóvel'. Isto fará com que a criança vá enriquecendo o seu vocabulário. Esse tipo de atitude faz com que a criança vá, aos poucos, enriquecendo seu vocabulário.

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