Se pai e mãe trabalham durante o dia, o co-sleeping pode ser uma oportunidade de passar mais tempo com o bebé. O carinho e a proximidade presentes durante a noite podem ajudar a criar uma relação mais forte entre si e a criança.

Alguns estudos demonstraram que os bebés que partilham a cama dos pais mamam geralmente mais, mas perturbam menos o sono da mãe, comparativamente com os bebés que dormem sozinhos. As mães que partilham a cama com o bebé amamentam geralmente os bebés durante mais tempo, talvez porque é mais fácil dar de mamar na cama do que levantarem-se durante a noite para esse efeito.

Os bebés que dormem com os pais ficam geralmente acordados menos tempo à noite do que os bebés que dormem sozinhos e também é possível que chorem significativamente menos. Dormindo junto ao bebé, os pais podem reagir rapidamente se começar a tossir ou a chorar durante a noite.

Há quem acredite que os bebés que dormem na cama dos pais são mais tarde crianças mais independentes, extrovertidas e autoconfiantes. Na idade adulta, apresentam uma melhor auto-estima, gerem melhor o stress e estão mais à vontade com a sua intimidade do que os adultos que dormiram sozinhos quando eram bebés. Contudo, a forma como organiza o sono do bebé não pode, por si só, determinar o tipo de pessoa em que se virá a tornar no futuro.

Alguns estudos sugeriram igualmente que, em média, os bebés que dormem com os pais acordam com menos frequência e voltam a adormecer mais rapidamente do que os bebés que dormem sozinhos num quarto separado. Contudo, alguns bebés têm simplesmente uma melhor capacidade de se acalmarem sozinhos do que outros. Por este motivo, pode ser enganador pensar que o co-sleeping irá ter alguma influência quando o bebé começar a dormir a noite toda.

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Quais as desvantagens de deixar o bebé dormir na nossa cama?

Pode ser difícil habituar-se a partilhar a cama com um bebé que se mexe, dá pontapés e se contorce e poderá não conseguir dormir tão bem como se o bebé dormisse sozinho. Se o bebé se habituar a adormecer ao seu lado, poderá ter dificuldade em dormir quando o deixar com um familiar ou uma ama. Consoante a idade do bebé e há quanto tempo dorme consigo, a inevitável transição da cama familiar para a sua própria cama poderá ser um processo longo e esgotante.

A partilha da cama pode também afectar a sua vida amorosa. Fazer amor espontaneamente com o bebé na cama não constitui, na verdade, uma opção; muitos pais escolhem outro compartimento para fazer amor, a fim de não perturbarem o bebé. Por vezes, um ou os dois podem ressentir-se por se verem obrigados a esta situação de compromisso.

Alguns pais podem preocupar-se com um estudo publicado pela Lancet em 2004 que sugeria um ligeiro aumento do risco de síndroma de morte súbita do lactente (SMSL) nos bebés de mães não fumadoras que partilharam a sua cama durante as primeiras oito semanas de vida. No entanto, a UK Baby Friendly Initiative, da UNICEF, e outras organizações recomendam o co-sleeping, se for feito correctamente e com segurança, nas primeiras semanas de vida do bebé, dado que pode facilitar a amamentação.

Como funciona o co-sleeping se me deitar mais tarde do que o bebé?

Se estiver em dúvida sobre como adormecer o bebé quando ainda não estiver com vontade de se deitar também, não há soluções certas nem erradas. Alguns pais deitam-se ao lado do bebé até ele adormecer profundamente e depois levantam-se para fazer o seu serão. É boa ideia ir ver o bebé com frequência, utilizar uma barra de protecção lateral para impedir que caia da cama e colocar muitas almofadas no chão, ao pé da cama, só para o caso de, ainda assim, ele cair na mesma. Alguns pais mantêm o bebé acordado, outros deixam-no dormir numa alcofa na sala até todos irem para o quarto.