Quais são as suas expectativas em relação à sua participação na peça 39 Degraus?
Estou muito contente de estar a fazer teatro! Já tinha feito há muito anos, mas só agora posso finalmente pôr em prática a formação de teatro que fiz em Londres. Finalmente vou poder pisar um palco!

Desde que veio de Londres ainda não tinha feito teatro?
Em Portugal não, só fiz enquanto estava a estudar. Estive lá a aprender e agora vou testar-me a mim própria.

Esta peça exige um grande esforço físico e de representação. Sente-se preparada?
Acho que sim. A peça é estupenda, a equipa é maravilhosa e acolheram-me todos muito bem; sinto-me lisonjeada.

Vem substituir a Inês Castel-Branco que fez parte do elenco inicial mas não pode continuar porque está agora em cena no Teatro Nacional. Assim o desafio ainda é maior?  
Sem dúvida, mas é uma boa referência para mim porque, para além de ser muito amiga da Inês e de admirá-la imenso como pessoa e como atriz, fico muito contente por poder continuar o trabalho dela.

Depois de ter protagonizado a novela Espírito Indomável, na TVI, já está a preparar algum novo trabalho na televisão neste momento?
Não, o que é muito bom porque me deixa completamente disponível para a peça que é muito exigente, como sabe.

Era isto que sonhava para a sua vida?
Completamente. Já tinha muitas saudades de pisar um palco e estava a precisar muito desta energia.

Já experimentou o cinema?
Ainda não e amava fazer cinema. É o meu sonho. Ainda não consegui mas hei-de lá chegar.

Teatro e cinema são os seus maiores sonhos profissionais?
São, embora também goste muito de fazer televisão, porque tem muitas coisas boas mas como experiência acho que o cinema me iria encher as medidas porque a linguagem é completamente diferente e acho que é muito importante para um ator também sentir o trabalho e aprender a linguagem nas diferentes áreas.

E pessoal, qual é o seu maior sonho?
Ser feliz. Acho que é o sonho de toda a gente!

O que faz nos seus tempos livres?
Vou ao teatro, ao cinema e também vou a museus. Acho que é muito importante cultivarmo-nos como pessoas e como profissionais.

Como se diverte com os seus amigos?
Faço tudo o que as pessoas fazem. Aliás, gosto imenso de socializar e preparo grandes jantaradas porque adoro receber os amigos em casa.

Cozinha para os seus amigos?
Não muito, mas vou aprendendo com os novos programas de culinária.

Está bem com a vida?
Muito bem.

Este caminho que teve início há onze anos nos Jardins Proibidos era o que queria para si?
Sem dúvida. Este sonho é tão antigo que não me lembro de não querer ser atriz.  Tive a sorte de ser escolhida para o elenco de Jardins Proibidos, e, desde então, tem sido imparável com trabalhos uns atrás dos outros e quando paro é para ir estudar. Estou muito satisfeita com aquilo que consegui obter até agora.

Onde foi de férias este ano?
Fiz uma viagem muito grande pela Ásia.

Viaja para aprender?
Adoro viajar, é das minhas coisas favoritas. Sempre que posso viajo e aproveito para ver espetáculos. Aliás, quando estive os três anos a estudar em Londres fartei-me de ver teatro e quando estive em Nova Iorque também me fartei de ver coisas boas. Acho que é muito importante.

Uma palavra que a defina?
Persistência.

O seu sorriso reflete a sua felicidade?
Não sei, mas é bem provável.

Gosta que a reconheçam na rua ou incomoda-se com isso?
De certa forma é gratificante, porque se somos reconhecidos é porque o público gosta e quando se aproxima de nós, temos de ficar agradecidos por isso. E gosto de olhar para isso assim, mas também não limito a minha vida por ser conhecida em todo o lado. Acho que tenho de viver a minha vida normalmente.

Um filme marcante?
Cinema Paraízo.

O livro que leu mais vezes?
A Vida de Pi, de Yann Martel.

Faz alguma coleção?
Só de máscaras. Comecei há pouco tempo.

Vai ao ginásio?
Não ligo nenhuma. Sou assim magra porque sou uma sortuda com a minha genética.

Texto: Palmira Correia