O velho saca-rolhas em cima da pantufa e o copo partido e ensanguentado que vemos nestas duas fotos foram apresentados no tribunal de Nova Iorque como tendo sido usados por Renato Seabra para assassinar e castrar o cronista social Carlos Castro.

O cenário do crime, um quarto do Hotel Intercontinental, em Manhattan, que ambos ocupavam à data da tragédia (7 de janeiro de 2011), foi pormenorizadamente descrito aos jurados pelo detective Ricardo Yanis em mais uma sessão do julgamento de Seabra.

Yanis, o primeiro polícia chegar ao local, descreveu o cenário como “caótico e sangrento” e sublinhou que os testículos de Castro estavam separados – um em cima de uma toalha branca e o outro no chão, aos pés da cama, como se para ali tivesse sido atirado.

Segundo a mesma fonte, o saca-rolhas teria sido igualmente usado para desfigurar o rosto de Carlos Castro.

As fotos exibidas em tribunal deixaram em estado de choque os jurados que vão condenar ou absolver o jovem Renato Seabra.

O julgamento prosseguiu esta terça-feira e contou com o testemunho de Jennifer DiAndrea, responsável pelos testes de DNA, que revelou ter encontrado vestígios de sangue de Carlos Castro em várias peças de roupa usadas por Seabra.

A defesa não contesta que tenha sido Renato Seabra a cometer o crime mas está a tentar convencer o tribunal que o jovem modelo agiu num momento em que se encontrava num estado de “pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar com características psicóticas graves”. Numa palavra, estaria “maluco”, pelo que deveria ser considerado inimputável.

Seabra está formalmente acusado de homicídio em segundo grau, que implica uma pena mínima de 15 a 25 anos de prisão, podendo ir até perpétua.

A sentença deverá ser ditada antes do fim deste mês de outubro.