A fama de Soraia Chaves, prostituta de luxo no filme "Call Girl", já chegou a Espanha. Um jornalista do "El País", Miguel Mora, não resistiu aos encantos de nossa bela e promissora actriz e convidou-a para almoçar, um dia destes, num restaurante de Lisboa.

O relato do encontro, entretanto publicado naquele diário de Madrid, está repleto de elogios a Soraia. O jornalista não confessa que ficou doido pela rapariga, mas também não seria necessário - o texto está cheio de vénias e elogios às curvas, aos olhos, ao cabelo, à pele, branquíssima, ao top, aos dentes brilhantes e a outros dons da jovem "sex simbol" portuguesa.

Segundo refere o jornalista do "El País", Soraia escolheu "A Charcutaria", no Chiado, para almoçar. Chegou atrasada, "com esse fino atraso lisboeta, moderado e desenvolto", mas começou logo a contar que é a quarta irmã das cinco que há na família: "Somos todas bonitas, sim", declara, "por parte de minha mãe, que é muito linda, apesar de o trabalho lhe ter desgastado a beleza. Mas a única que saiu aventureira fui eu."

Soraia escolhe o vinho ("uma esplêndida reserva do Douro", na opinião do jornalista) e aproveita para explicar que nunca se privou de comer: "Nem quando era modelo. Não podia deixar de comer. Gosto de viver, e comer é um dos grandes prazeres".

Vai daí, Soraia opta por um ensopado de borrego, que "devora com uma curiosa mistura de glamour e apetite", na expressão do jornalista do "El País".

A conversa sobre sensualidade fica para a sobremesa. Percebe-se que é o repórter a puxar pelo tema, mas Soraia opta pela táctica do defesa no futebol frente ao avançado: faz que vai mas não vai. Diz ela: "Tenho muitas facetas, a sensualidade é mais uma, e muito bonita. Gosto do meu corpo, tem formas, sinto-me confortável com ele. A sexualidade existe. Que problema há em representá-la? Faço-o com o máximo prazer, mas igual prazer me daria representar o papel de um assassino".

Antes da conta (133 euros, pagos, supõe-se, pelo jornalista), Soraia Chaves ainda disse duas ou três coisas curiosas. Referiu, por exemplo, que os homens começaram a afastar-se um pouco dela, "como se tivessem medo", desde que o cinema a impôs como "sex simbol", e revelou que adora Portugal, mas que existe por cá "muita hipocrisia camuflada, falso pudor, repressão, preconceitos, machismo e pouca liberdade".

A sua ambição, resume o jornalista do "El País", é vir a trabalhar com realizadores como Almodóvar, Amenábar ou Fernando León. Talvez isso explique o facto de Soraia estar neste momento a estudar em Madrid.