Sónia Brazão foi considerada culpada da explosão que destruiu o seu apartamento de Algés, em junho de 2011.

O Tribunal de Oeiras deu como provado, esta sexta-feira, que a atriz “decidiu pôr termo à sua vida por inalação de gás e ligou os bicos do fogão”, mas admitiu não haver provas de que Sónia tenha agido com a consciência de que isso poderia causar danos a terceiros.

Posto isto, a juíza aplicou-lhe três anos de prisão com pena suspensa, em regime de prova, e sugeriu que, durante esse período, a atriz deverá ter acompanhamento psicológico.

 

Além disso, segundo a sentença, Sónia Brazão será sujeita ao pagamento de diversas indemnizações.

A juíza que decidiu o caso disse acreditar que a atriz estava a passar um mau momento na sua vida (sem trabalho concreto, frustrada, cansada e com dificuldades de dormir), situação que a levou “a pensar que o suicídio resolveria todos os seus problemas”.

Sónia Brazão ouviu a sentença e, à saída da sala de audiências, disse apenas aos jornalistas que "a Justiça é uma questão de ponto de vista". 

O advogado da atriz, Jorge Pracana, afirmou que vai estudar a sentença, para decidir se vai recorrer ou não, mas mostrou-se "satisfeito" pela pena ter sido inferior à que o Ministério Público reclamava (superior a quatro anos de prisão efectiva).