Como define a sua personagem Maria Clara Sardinha em “Anjo Meu”?
A Maria Clara é uma romântica! É aquela pessoa que acredita no verdadeiro amor e no príncipe encantado. Apesar de vir a ter uma mudança de visual grande (fica mais sensual), continua muito romântica. Só que ainda não encontrou o verdadeiro amor.

Quando se estreou no papel de Celina na série “SOS Crianças”, há 11 anos, alguma vez imaginou que essa participação ia determinar a sua vida?
Não, não me passou pela cabeça na altura, era muito pequena. Senti a minha participação como uma experiência nova, da qual gostei muito, mas não como uma futura profissão.

Disse várias vezes que a Carmo, de “Super Pai”, lhe trouxe inúmeros desconfortos na escola. Teria repetido tudo da mesma forma?
Eram coisas pequenas que na altura pareciam grandes. Diverti-me imenso a fazer o “Super Pai”. Repetia tudo outra vez!

Foi a sua participação nos “Morangos com Açúcar”, em 2004, que lhe despertou o sonho de ser definitivamente atriz?
Não, foi mais tarde. Quando terminei o 12º ano e pensei em ir para Guimarães estudar design de moda, comecei a pensar que nunca mais ia representar e não consegui imaginar a minha vida sem isso. Desisti de ir e comecei a procurar outras opções para complementar a minha formação.

Depois disso participou em seis telenovelas, dois filmes e em duas peças de teatro. Antes tinha interpretado “Os Malefícios do Tabaco”, na Expo. De qual destas interpretações se orgulha mais?
Cada trabalho é um projeto individual e não consigo compará-los. Orgulho-me de dar sempre o máximo em cada projeto.  

É no teatro que se sente verdadeiramente atriz?
Sinto-me uma "verdadeira atriz" quando consigo tocar o público, seja em teatro ou na televisão. Quando consigo emocionar ou fazer rir as pessoas, principalmente aquelas que dizem que não gostam muito de novelas.
 
Já terminou o curso de Comunicação Social na Católica?
Ainda não. Como não parei de gravar estou a fazer o curso mais devagar.

Tirou um curso de designer de moda na Escola Megestil. Foi o seu gosto pela moda que a motivou a tirar este curso?
Foi. E queria muito experimentar uma área diferente da representação. Gosto de ter formação em vários campos.

Se algum dia, por absurdo, não pudesse continuar a ser atriz, seria jornalista ou designer de moda?
Não sei o que seria, mas visto que tenho formação nas duas áreas podia ser uma opção.

Ainda pratica os seus desportos de eleição: equitação, surf e patinagem?
Equitação já pratico muito pouco, mas sempre que vou a casa de amigos com cavalos faço questão de matar saudades. Surf e patinagem faço sempre que tenho tempo, aliás, os patins estão sempre no meu carro.

Tem menos de 1,60m. A altura conta?
A nível visual acho que conta muito. Gosto de ver mulheres altas. Mas como não conta para mais nada é algo que não valorizo muito.

Foi capa da Maxmen em 2009. Gostou de testar a sua sensualidade?
Não sinto que tenha testado a minha sensualidade, até porque a produção foi muito controlada. Foi só um trabalho com um objetivo definido: ajudar o público a ver-me com a minha verdadeira idade que na altura eram 20 anos.

Tem sabido lidar bem com a fama?
Nem penso nisso no meu dia a dia. Vivo como qualquer amiga minha, mas com a diferença de que as pessoas falam comigo como se me conhecessem e ficam a olhar na rua e eu nem me apercebo. Mas não me lembro da minha vida de outra forma, é assim desde os meus 12 anos.

Um livro?
Planisfério Pessoal, de Gonçalo Cadilhe.

Um filme?
O filme que mais vi na vida: Lagoa Azul.

Uma música?
Todas as que estão relacionadas com momentos da minha vida.

Um ator?
Albano Jerónimo.  

Uma atriz?
Maria João Luís.

O seu clube?
Sporting Clube de Portugal!

A viagem de sonho?
Polinésia Francesa.

Uma paisagem inesquecível?
Pôr-do-sol na Costa da Caparica.

O seu estilista preferido?
Valentino.

Uma peça de roupa?
Vestidos.

Não consegue viver sem...
Amor.

Um objeto de que nunca se separa?
Chaves do carro.

Casar faz parte dos seus sonhos?
Sim.

Quantos filhos gostava de ter?
Ter filhos e/ou adotar são ideias muito presentes na minha cabeça. O número não interessa.

A felicidade é o quê?
Acordar todos os dias de sorriso na cara por fazer o que gosto e partilhar a minha vida com pessoas que eu amo e que me amam.

(Texto: Palmira Correia)