O sindicato da polícia de Miami (EUA) lançou um apelo aos seus agentes para que boicotem o próximo espetáculo de Beyoncé, por entender que a cantora promoveu, durante o Super Bowl 50, o movimento radical Panteras Negras.

"O facto de Beyoncé ter usado o Super Bowl deste ano para dividir os norte-americanos através da promoção das Panteras Negras e a sua mensagem contra a polícia mostra como ela não é compatível com a aplicação da lei", afirmou o presidente do sindicato policial de Miami, Javier Ortiz, em comunicado.

Os Panteras Negras eram um movimento destinado a proteger os negros norte-americanos da brutalidade policial, que evoluiu para um partido com uma ideologia revolucionária e inspiração maoísta.

Beyoncé foi este ano a estrela do espetáculo do intervalo do Super Bowl, a final da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), em que apresentou a sua nova música 'Formation', acompanhada de um vídeo.

A atuação em geral, incluindo as roupas e as bailarinas que acompanharam a cantora, desencadeou críticas por parte de vários departamentos de polícia, por considerarem que aludiu ao movimento radical dos anos de 1960 e a outros mais recentes.

Javier Ortiz assinalou que estas "mensagens contra os polícias" levaram o sindicato Ordem Fraternal da Polícia de Miami a apelar a um boicote ao concerto de Beyoncé, previsto para 27 de abril, no estádio de basebol dos Los Marlins, em Miami.