Como aconteceu a sua participação no vídeo da Jennifer Lopez?

Estava a passar numa rua de Miami e calhou a Jennifer Lopez estar com a sua produtora numa esplanada. Viu-me e pediu à assistente para vir falar comigo. A produtora perguntou-me se era modelo, qual era a minha agência e se estava disposto a participar no vídeo da Jennifer Lopez.

Como se sentiu ao receber tal convite?

Como é óbvio foi uma honra enorme e um privilégio. Não estava à espera e foi uma experiência única. Basicamente foi isto, um acaso. Estava em Miami a trabalhar como modelo, ia a passar na rua, a Jennifer Lopez viu-me e fui trabalhar para ela.

Ser descoberto na rua é, no fundo, o sonho de qualquer modelo. Era o seu também?

Não acredito que as oportunidades surjam do acaso, nós é que as construímos. Antes de ter ido para Miami tive um percurso de evolução, de grande trabalho, de muitas dificuldades. Ao chegar a Miami, claro que as oportunidades são diferentes.

E como correram as filmagens do vídeo? A “J.Lo” era como esperava?

Por acaso pensava que ia ficar nervoso, mas a personalidade dela não dá azo a que uma pessoa que esteja ao seu lado fique nervoso. É uma pessoa super-acessível, humilde e simpática. É claro que não pode estar sempre a falar connosco, nem o manager deixava. Mas interação com os modelos é a de estar sempre a sorrir, de dar indicações e de nos ajudar. Nunca foi arrogante. A minha experiência com a Jennifer Lopez foi a melhor que já tive no contacto com celebridades.

Gostou do resultado final do vídeo? Já teve reações?

Já. Para já é um vídeo que causou sensação. Numa semana teve 15 milhões de visitas e a minha imagem tem uma exposição muito grande. Julgo que irá captar o interesse de marcas, revistas e outras coisas mais. Além disso, o facto de ter sido uma escolha de uma pessoa criteriosa como a Jennifer Lopez dá-me uma outra credibilidade para outros trabalhos.

O vídeo demorou quantos dias a gravar?

Da minha parte, dois dias. Era para ser só um dia mas eles gostaram da minha participação e convidaram-me para o segundo dia.

Trouxe alguma recordação da Jennifer Lopez?

Infelizmente não pude tirar uma única foto com ela. Assim que começámos a trabalhar foi-nos logo pedido que deixássemos os telemóveis desligados nos cacifos e que não tirássemos fotografias.

Como começou a sua carreira? Foi em Portugal?

Não fui descoberto em Portugal. Em Portugal trabalhei para ser descoberto. Comecei em Portugal em 2011 com algumas fotografias, depois fui para a Turquia, onde voltei a fotografar com mais condições e despertei a atenção de algumas celebridades da moda mundial, nomeadamente de Calvin Klein. A partir daí, foi um efeito dominó.

O seu sonho sempre foi ser manequim?

Não, nada disso. Primeiro quis ser médico, depois cientista, entretanto já fui professor de educação física e agora modelo. A vida dá muitas voltas.

Quais são os seus planos mais imediatos?

Agora vim a Portugal fortalecer a minha imagem como manequim português. O meu próximo passo será voltar a Miami, onde tenho uma agência que me representa. Depois vou dar um pulo a Los Angeles e saltar para Nova Iorque.