O que é que o Paulo Vintém tem andado a fazer depois da sua participação no programa da TVI “A Tua Cara Não Me É Estranha”?
Estou a abrir uma produtora de audiovisuais. Sempre fiz os meus vídeos, sempre gostei da parte da realização, já fui operador de câmara. Agora estou a começar mais a sério uma coisa que sempre fiz por satisfação pessoal. Estou muito ligado a toda a parte de edição. Tenho estado a fazer alguns workshops nesta área, a acompanhar os avanços da tecnologia.

E música? Vamos ter novidades em breve?
Tenho estado também a gravar e a compor os meus temas. Tenho um álbum quase pronto para sair e que tenho vindo sistematicamente a atrasar. Mas até acho que é bom isso ter acontecido, é sinal que ainda não estava na altura certa e que a música ainda não estava aprimorada da forma que eu quero. Então, tenho regravado, tenho voltado a estúdio para melhorar.

E é para quando esse novo álbum?
Gostava que saísse antes do verão. É um tipo de música completamente diferente de tudo o que já fiz. Vai ser bom e tem de ser exatamente da forma como eu imagino para ser realmente bom.

E televisão? Já não o vemos numa novela há muito tempo…
Continuo ligado à TVI, não de forma contratual, mas com uma espécie de parceria. E em princípio queria ver se voltava à ficção da Plural, porque a representação está a apetecer-me mesmo muito.

Talvez na nova novela da TVI, “Mundo ao Contrário”?
Estou a ver com a minha agência tal possibilidade, mas se não for nessa, que seja noutra produção. Tenho feito formação nessa área, também. Desde 2000, quando fiz “Mar de Paixão”, que estou fora da ficção e tenho muitas saudades.

Como é que foi a experiência de palco na peça “Eu Conheço-te”? O Paulo também é daqueles atores que diz que “o teatro é que é”?
Não digo que o teatro é que é, mas existe de facto uma magia diferente. Há alguma coisa que se sente, que é muito direto, muito instantâneo, muito rápido. É imediato, todos os dias são diferentes. É muito bom. Compreendo quando os atores que fazem teatro dizem que “o teatro é que é”. É muito bom ter esse retorno das pessoas. Fiz o “High School Musical”, estivemos um mês e meio no Tivoli e mais um mês e meio no Porto, fiz agora esta comédia musical e … é giro. Muito giro!

Se pudesse escolher um papel em teatro, qual seria? Sem ser em musical…
Sem ser em musical? Isso é complicado. Não sou muito da “old school”. Não sou de Shakespeare e coisas assim muito dramáticas… Ainda não tenho idade (risos).

Mas podia perfeitamente fazer um Romeu?
Sim. Aliás, fiz uma brincadeira do género nos “Morangos Com Açúcar”, em que fizemos uma cena de “Romeu e Julieta”, mas não é bem o meu género. Eu sou mais positivo, alegre, não gosto de dramas…

Gosta dos musicais do La Féria, por exemplo?
Já trabalhei com ele. Para mim, é o produtor mais forte que temos em Portugal e o que consegue de facto fazer algo de mágico num teatro. Está rodeado de uma grande equipa e trabalhar com ele é sempre gratificante.

Com a sua participação em “A Tua Cara Não Me É Estranha” descobriu uma faceta de imitador, ou já sabia que a tinha?
Não, nada disso, eu não sei imitar. Safei-me. Gostei muito de fazer o Robbie Williams e o Gotye. Foi um convite da TVI, que ao início me deixou um bocadinho indeciso, sem saber se devia ou não aceitar. Porque é um risco. É irmos para ali fazer uma coisa que não é a nossa praia. Conhecia o programa espanhol, mas aqui fomos os pioneiros e acabou por se revelar um grande sucesso. Hoje o programa tem a projeção que se sabe… Ainda bem que fui e gostei mesmo muito.