A socialite Paula Bobone é uma mulher que dá nas vistas por onde quer que passe, graças à exuberância do gesto e à forma extravagante como se veste. Considera-se, apesar disso, “uma mulher banal”.

Com dez livros sobre etiqueta, protocolo, comportamento, boas maneiras e regras sociais já escritos e dois em projecto, Paula Bobone admite que a sua forma de estar e o seu aspeto de “ave rara” levam a que algumas pessoas façam uma ideia errada a seu respeito.

“Os meus alunos vêm dizer-me: ‘Afinal a professora é uma pessoa simples, tão simpática!’”, diz a socialite, referindo-se aos alunos do curso de pós-graduação em Gestão de Eventos, que lecciona. E que lhes responde? “Estavam à espera de quê? Que eu fosse a bruxa má?!”, contrapõe, com um sorriso.

Com um invejável leque de amigos cá dentro e lá fora, a especialista em protocolo admite que isso se deve à sua simpatia natural. “Sou simpática e engraçada. Sou muito internacional. Tão bem estou aqui como em Paris ou em qualquer parte do mundo”, sublinha.

Numa entrevista à revista VIP, Paula Bobone admite que o seu aspeto extravagante já a colocou, por vezes, em situações caricatas. Como esta, contada por ela própria:

“Moro em Lisboa, entre o Cais do Sodré e o Bairro Alto e, quando ando por ali a pé, encontro algumas mulheres que até já conheço de vista e que calculo estejam ali a trabalhar. Um dia, ao passar, houve uma que me reconheceu e gritou para outra: ‘Olha, viste ali a Bobone?’. ‘Quem?’, perguntou a outra. ‘A Bobone, a socialista!’, respondeu a primeira. Parti-me a rir. De socialite, que elas não devem saber bem o que será, passei a socialista. Agora cada vez que passo por lá oiço sempre o comentário: ‘Olha a socialista’, e acho que tem a maior graça!...”