Estreou-se na televisão depois dos 25 anos. A idade ajudou-o a não ficar  deslumbrado?
Estreei-me com 27 anos e acho que com essa idade, com alguma vivência e experiência, encaramos as coisas de outra maneira. Não penso que seja a idade que defina ou permita ficarmos deslumbrados ou não, mas sim a forma como encaramos a profissão.
   
Tem lidado bem com o assédio das fãs?
São e sempre foram muito carinhosos comigo, por isso, é sempre um prazer ser abordado por alguém para falar comigo ou me dar uma palavra amiga.

O Sam, de “Morangos com Açúcar”, era um jovem deficiente numa cadeira de rodas.  Ficou mais sensibilizado pelas dificuldades dos deficientes depois deste papel?
Acima de tudo, passei a conhecer os problemas reais que enfrentam estas pessoas, passei a conhecer as dificuldades que têm no dia a dia e os obstáculos. Tive a sorte de conhecer pessoas fantásticas e com um grande amor pela vida que me mostraram que, às vezes, é sempre possível relativizar os nossos problemas.

Fez parte dos elencos de “Fascínios”, “Flor do Mar” e “Mar de Paixão”. Foi “Xavier” em “A Família Mata” e “Bruno” em “Laços de Sangue”. Qual foi a personagem mais marcante?
A mais marcante foi o Sam em “Morangos com Açúcar”, pelo desafio que representou e pela força com que esta personagem conseguiu chegar às pessoas com o mesmo tipo de problemas.

Em “Flor do Mar” foi um toxicodependente. Construir as personagens é o maior desafio do seu trabalho?
Sim, sem dúvida, a construção das personagens é um grande desafio. Em cada trabalho que faço, tenho que lhe dar algo de diferente, tenho que lhe dar toda a credibilidade que conseguir, para que as pessoas em casa se possam identificar. É um longo e intenso trabalho de bastidores.

Depois de “Mar de Paixão”, na TVI, assinou um contrato de dois anos com a SIC. É bom ser disputado?
Sou um ator freelancer, mas é bom sentir que gostam do meu trabalho.

Com quem aprendeu mais?
Aprendi com todas as pessoas com quem já trabalhei, desde colegas de profissão às equipas técnicas. Aproveito para agradecer toda a disponibilidade e paciência que têm comigo!

É manequim desde os 25 anos. O que é melhor nesta experiência profissional?
Foi através desta experiência que comecei a ganhar o gosto pela televisão, mas ainda gosto muito de fazer desfiles. Acho que é aquela adrenalina do momento.

Afirmou inúmeras vezes que não gostava nada desta vida. E agora ainda se imagina a fazer outra coisa?
Não me imagino no futuro a fazer outra coisa e espero ter a sorte de continuar nesta profissão.

Continua a saborear a vida de solteiro?
Continuo a saborear a vida como sempre fiz até aqui.

Vai fazer 34 anos. A idade preocupa-o?
De modo algum, a idade somos nós que a fazemos.

Quais são os seus hobies?
Estar com amigos, ler, viajar e praticar desporto. Também gosto de ter os meus momentos de relaxamento e, para isso, conto com a minha clínica My Moment.

Faz parte dos seus sonhos casar e ter filhos. Quando gostaria de realizar esse sonho?
Acho que isso não tem data marcada, quando tiver que acontecer, acontece.

Um destino de sonho?
Gostava muito de conhecer a Polinésia Francesa.

A sua mãe ainda lhe enche o frigorífico?
Às vezes... Mãe é mãe!

Já aprendeu a cozinhar?
Mais ou menos... De vez em quando invento umas coisas que nem sempre têm bom resultado!

Um bom serão com amigos têm sempre o quê?
Umas boas piadas!

Gosta de dançar?
Gosto mais de ouvir música do que dançar, mas volta e meia sai um pezinho de dança.

O que aprecia mais em si?
Gosto do pensar que sou amigo do meu amigo.

É vaidoso?
Nem por isso, tenho os cuidados essenciais.

Um objecto de que nunca se separa?
Telemóvel, não consigo estar sem que as pessoas me possam contactar.

A pessoa mais importante da sua vida?
São várias, mas diria os meus pais.

A felicidade existe?
A felicidade existe ao lado de quem mais gostamos.

(Texto: Palmira Correia)
(Foto: Gonçalo Claro)