'Seat Online Dance Challenge by Cifrão’ já vai na terceira edição. Uma iniciativa de Cifrão que “tem vindo a crescer de ano para ano”, cujo o objetivo é “mostrar ao público os bailarinos amadores ou não”. Esta edição já está na final, que será no próximo mês.

Este ano conquistaram “recordes de votações de público”, uma evolução que levou a uma maior criatividade por parte dos participantes.

A iniciativa tem vindo a evoluir e Cifrão espera que o sucesso continue, como confessou em conversa com o Fama ao Minuto.

“As pessoas estão cada vez mais a entrar neste espírito”, afirmou, salientando a importância das pessoas perceberem que “a dança pode ser uma profissão e pode-se viver disso”.

Para Cifrão, é importante começar a internacionalizar os bailarinos portugueses. “Temos grandes talentos cá que têm capacidade igual ou maior do que muitos dos de lá de fora, e é importante começarem a partilhar vídeos na Internet [para as pessoas os conhecerem]. Temos de começar a internacionalizar”, frisou, afirmando que a Internet é a ferramenta essencial para que isso aconteça.

Como crítico, os principais pontos que Cifrão avalia são: “A técnica e depois a criatividade do vídeo. Estas duas têm que andar de mão em mão”.

Catarina Furtado foi convidada para participar nesta 3.ª edição do ‘Seat Online Dance Challenge by Cifrão’. Este ano, a apresentadora – que tem uma ligação especial a esta área uma vez que também já foi bailarina – ficou com o papel de repescar um participante que já saiu e levá-lo diretamente para a final.

Questionado sobre a possibilidade de um dia vermos Cifrão a dançar com Catarina Furtado, o bailarino referiu: “Acho que era muito possível. De certeza que se eu fizer um programa com ela, ela vai dançar. Vou puxar por ela”.

Um dos objetivos futuros para esta competição é fazer um campeonato internacional. “Já estamos a programar as coisas todas para que isso aconteça”.

Além desta competição, Cifrão é ainda o fundador de uma companhia de dança online, Online Dance Company, que já completou um ano. Sobre este projeto, o balanço que o bailarino faz é positivo.

“Está a correr bem. Já ganhámos cinco prémios internacionais, estamos nomeados para um prémio muito grande na publicidade e comunicação em Portugal. Foi um ano muito ganho. As pessoas perceberam que a arte é um meio em que pode ter muita visibilidade perante o público”, começou por dizer, salientando que “têm tido milhões de visualizações nos vídeos”.

Para Cifrão, agora há mais possibilidades de construir uma carreira sólida no mundo da dança. “Nos últimos dez anos a dança subiu muito e nos últimos cinco a subida foi vertiginosa. Acho que estamos com muita capacidade para crescer ainda mais”.

“Se eu perguntar o nome de cinco cantores ou atores, vão saber de certeza, mas se perguntar o nome de cinco bailarinos se calhar uma pessoa que não está ligada à dança não vai saber. A arte da dança é tão importante quanto a música e a representação. Temos de criar estas estrelas de dança que fazem a diferença e que, de repente, vão atuar no Meo Arena e enchem pela dança. Este é o caminho que quero fazer e não quero ir embora daqui sem que haja bailarinos a encher pavilhões”, acrescentou.

Apesar de antigamente o contacto com a dança em criança era reduzido, agora “há muito mais coisas e as pessoas já começam a ter contacto com a dança desde muito mais novos”.

A dança e as artes nunca vão deixar de ser feitas por pessoas porque têm o fator humano e de coração envolvido nisto. É uma profissão com muito futuro e quero mostrar às pessoas que isso vai realmente acontecer”.

Cifrão reconhece que o apoio às artes em Portugal “tem vindo a ser reduzido”, no entanto, frisou que se deve tentar ir buscar o financiamento a “outros lados”, que é o que tem feito.

Toda a gente sabe que o valor das artes da parte do Estado tem vindo a ser reduzido. Acho que temos de virar o bico ao prego. Não só puxar o Estado para começar a dar o dinheiro que a gente merece, mas também começar a puxar as marcas. Descobrir aquela marca que não vai fazer as coisas da forma como eles querem, mas da forma como nós queremos. Que nos apoiem”, argumentou.

Para quem quer construir uma carreira no mundo da dança, os principais conselhos de Cifrão são: “Primeiro trabalhar, tens de ser bom. Depois de sentires que estás bem e que já tens alguma coisa para mostrar e começar a gravar vídeos daquilo que fazes. Não meter tudo nas redes sociais. Mostra aos teus amigos antes de mostrares a toda a gente e pede conselhos. Hoje em dia não temos de estar só agarrados a um palco ou a uma sala de dança”, rematou.