O milionário egípcio Mohamed Al Fayed testemunhou esta segunda-feira pela primeira vez na investigação judicial sobre a morte de seu filho Dodi e da princesa Diana, processo a cargo de um tribunal de Londres. O seu discurso foi muito duro, em particular para o príncipe Filipe, duque de Edimburgo, marido da rainha Isabel II: "É hora de despachá-lo para a Alemanha, donde ele vem, porque é um nazi e um racista!", disse o dono dos armazéns Harrods.

No meio de grande expectativa, Al Fayed recordou que luta há dez anos pela verdade sobre as circunstâncias da morte de Diana e Dodi e que continua convencido de que eles foram assassinados. Por quem? Pelos serviços secretos, com o apoio do duque de Edimburgo e, também, do príncipe Carlos.

"Diana disse-me que sabia que o príncipe Filipe e o príncipe Carlos queriam desfazer-se dela", revelou o empresário. Sublinhou, ainda, que o poder estabelecido jamais aceitaria um muçulmano egípcio como padrasto do futuro rei de Inglaterra, numa referência ao príncipe Guilherme, filho mais velho de Carlos e Diana.

Finalmente, Mohamed Al Fayed assegurou ao Tribunal Superior de Londres que Diana lhe disse, por telefone, que estava grávida de Dodi e que ela e seu filho tencionavam dar a notícia publicamente três dias depois do desastre fatal em Paris.

A presente investigação judicial pretende esclarecer definitivamente como morreram Diana e Dodi. Dois anteriores inquéritos sobre o caso - um francês e outro inglês - concluíram que se tratou de um acidente.