A polícia britânica afirmou hoje que o estilista britânico Alexander McQueen morreu na sequência de enforcamento e que a sua morte foi suicídio. Tal informação foi prestada após a conclusão da autópsia preliminar do estilista de 40 anos, encontrado morto num roupeiro da sua casa de Londres na semana passada, um dia antes do funeral da mãe.

Segundo o agente Paul Armstrong, o corpo foi encontrado pela irmã da vítima, Janet McQueen. Uma carta escrita por McQueen foi encontrada no local. Armstrong não revelou pormenores do conteúdo da nota, mas sublinhou que não há circunstâncias suspeitas no caso.

McQueen morreu dias antes do início da Semana de Moda de Londres, que começa no próximo dia 19.

Numa mensagem colocada na sua página no Twitter, datada de 3 de Fevereiro, McQueen havia comunicado aos fãs que sua mãe tinha falecido. Dias depois, enviou novo texto contando que estava a viver uma "semana terrível", mas que os amigos eram "óptimos" e que ele estava a conseguir recuperar.

Filho de um motorista de táxi, McQueen cresceu na zona leste de Londres, num dos bairros mais pobres da capital britânica. Irmão mais novo de um grupo de seis, o estilista abandonou a escola aos 16 anos para trabalhar como aprendiz numa marca de roupa britânica.

Em 1992, o estilista arrancou definitivamente para a fama quando uma das suas colecções foi comprada por 5 mil libras pela estilista Isabella Blow, que se tornaria sua mentora e grande incentivadora e que, por coincidência, também viria a cometer suicídio, há três anos.

A editora da revista Vogue britânica classificou McQueen como um "gênio dos tempos modernos".