Iniciou a sua carreira de atriz com a personagem “Patrícia” na série “Morangos com Açúcar”, em 2007. Foi um bom começo?
Foi uma oportunidade completamente inesperada e que agarrei com unhas e dentes. “Morangos com Açúcar” foi uma enorme e gratificante experiência tanto a nível pessoal como profissional. Tenho ótimas recordações dessa altura e fiz grandes amizades que duram até hoje!

Seguiu-se “Espírito Indomável”, onde foi a namorada secreta de Angélico Vieira (“Simão”). Ficaram amigos?
Muito amigos! Foi maravilhoso trabalhar com o Angélico! Estava todos os dias com uma energia radiante, um sorriso lindo, era muito bom colega.

Logo de seguida participou em “Fascínios” e foi “Catarina” em “Rebelde Way”. Qual foi a personagem mais marcante?
Em “Fascínios” foi uma participação especial e, apesar de curta duração, foi fabuloso trabalhar com o Pedro Górgia. Quanto à “Catarina”, foi a vilã mais cruel que fiz ate à data. Ela era capaz de tudo para conseguir alcançar os seus objectivos, inclusive, de passar por cima das próprias irmãs... Integrei o elenco dos atores mais velhos, com quem aprendi muito. Esta personagem teve o final merecido, largada no altar e humilhada por todos...

Nessa altura diversificou a sua actividade ao criar a banda M3, dirigida ao público infantil, com mais duas amigas. Que balanço faz dessa experiência?
Foi uma experiência na área da música, bastante divertida! É muito bom trabalhar para crianças, é um público muito genuíno e espontâneo.

Também experimentou a actividade empresarial ao abrir com o seu ex-namorado o ginásio “Work Your Body”, onde era responsável pela parte de relações públicas…
De facto, sempre fui bastante empreendedora e defendo que se o trabalho não vem até nós, temos que ser nós a ir ao seu encontro.  Por outro lado, sou adepta da prática de exercício físico regular e acredito bastante no treino personalizado.

Já afirmou que é viciada em exercício físico. Ainda vai ao ginásio todos os dias?
É um vício saudável, que todos deveríamos ter um pouco. Tento ir pelo menos quatro vezes por semana ao Holmes Place, em Lisboa, mais por uma questão de bem-estar e saúde, do que por uma questão estética. Faço um treino bastante diversificado e aposto, sobretudo, nas aulas de grupo, que são as mais divertidas.

É licenciada em Design mas a sua criatividade passa exclusivamente pela arte de representar?
A criatividade está presente em tudo o que faço. Na representação é uma mais-valia, estamos constantemente a criar novos bonecos, novas formas de expressão, novas maneiras de falar e agir.

Já fez produções fotográficas para revistas masculinas como a Maxmen e a GQ…
Gosto muito de trabalhar em fotografia. Também é uma forma de representação, mas um pouco mais difícil, pois temos que conseguir transmitir emoções, pura e simplesmente, através do olhar, atitude e expressão corporal! De todas as produções que fiz, de facto, a da GQ foi a minha favorita.

No ano passado fez uma viagem só com mulheres à República Dominicana. Foi a viagem mais divertida da sua vida?
Foi uma das viagens mais divertidas que fiz até hoje! Todos os dias acordávamos a dançar e reinava a alegria 24 horas por dia. Sempre com muita praia, água quente do Caribe, muita música e dança!

Voltaria a repetir a sua participação no “reality-show” da TVI “Perdidos na Tribo”?
“Perdidos na Tribo” foi o maior desafio da minha vida! Uma experiência única, que, na minha opinião, só se vive uma vez na vida! Foi de tal forma intensa e marcante, que uma segunda vez não teria o mesmo impacto…

Como avalia a sua passagem pela Tribo Nakulamené, nas Ilhas Vanuatu, no Pacífico Sul?
Apesar de ter sido bastante difícil, penso que a minha prestação foi bastante positiva. Pelo menos, os meus familiares, amigos mais próximos e o próprio “feedback” do público em geral têm sido fantásticos. Todos se orgulham e me felicitam pela coragem e determinação com que superei as tarefas, pela amizade e apoio que dei aos meus colegas e pela boa adaptação à tribo. Fiquei muito contente com o resultado final e nunca perdi um episódio.

Saiu de lá mais enriquecida e a valorizar as pequenas coisas da vida de outra forma?
Sem dúvida alguma que, depois de todas as privações que tivemos, passamos a valorizar pequenas coisas do nosso quotidiano de outra forma. Uma cama com almofada, uma casa de banho, comidinha sempre ao dispor, e o mais importante de tudo, estar próximo dos nossos amigos e familiares…

Todos nós deveríamos passar por uma experiência semelhante?
Sem dúvida. É impressionante, como em pleno século XXI, existem pessoas que vivem com tão pouco e são extremamente felizes, acordam e deitam-se sempre com um sorriso na cara! E na nossa sociedade vivemos preocupados com crises financeiras e bens materiais…

Foi a concorrente feminina mais votada pelo público. Estava à espera de ser a preferida dos portugueses?
Sinceramente não estava à espera, foi uma grande e agradável surpresa.

O que anda agora a fazer na área da televisão?
Um telefilme para a TVI. O guião é fabuloso e o elenco melhor ainda. Têm sido dias de gravação bastante divertidos e a minha personagem, a "Soraia", é completamente diferente de tudo que já fiz até hoje.

E a maternidade? Gostava de ser mãe?
Quero muito ser mãe, mas não sei quando…

A vida está a correr-lhe bem?
Estou a atravessar uma das melhores fases da minha vida, a todos os níveis, emocional e profissional.

É feliz?
Super-feliz!

(Texto: Palmira Correia)