Os tribunais do Malawi decidiram hoje rejeitar o pedido de Madonna para adoptar uma menina órfã de 4 anos. Motivos: a cantora não é casada e não vive no país.

A sentença do Juizo de Lilongwe, capital daquele país vizinho de Moçambique, baseia-se numa recente lei malawiana que obriga o adoptante a ser residente no país. A lei entrou em vigor depois da polémica em torno de uma primeira adopção feita por Madonna no Malawi - o pequeno David, hoje com 3 anos.

A cantora enfrentou nessa altura a oposição de activistas locais e a adopção de David tornou-se manchete em todo o mundo. Mas Madonna conseguiu oficializar a adopção e o menino vive hoje com ela e com os seus dois filhos biológicos Lourdes e Rocco.

Agora, Madonna queria dar a David uma irmãzinha com a mesma origem e propôs às autoridades a adopção de Mercy James, uma menina cuja mãe adolescente morreu durante o parto, há 4 anos.

A cantora tinha o apoio de alguns membros do Governo,  como a ministra da Informação, Patricia Kaliati, que disse em público que Madonna "ajudou o país" e "é uma óptima mãe".

Mas o Tribunal de Lilongwe, única instância competente para tomar uma decisão, acabou por ceder à pressão dos activistas locais, para quem a adoção de uma segunda criança, por Madonna, poderia constituir "um estímulo" para os traficantes de crianças.

"O juiz acredita que a criança está a ser bem tratada num orfanato", disse Zione Ntaba, porta-voz do Departamento de Justiça daquele país africano.